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Sexta-feira, 19 de abril de 2024

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AVC pode voltar se paciente não se cuidar, alertam especialistas

Pessoas que tiveram um AVC (acidente vascular cerebral) têm grandes chances de passar pelo problema novamente se não tomarem medidas de precaução, como fazer o controle da pressão arterial, ter uma alimentação equilibrada e praticar exercícios físicos.


Na semana passada, a doença causou a morte do deputado federal Clodovil Hernandes (PR-SP), 71 anos. O estilista e parlamentar não resistiu ao segundo derrame. O primeiro ocorreu em 2007, provocado pela pressão alta.

O deputado, que foi enterrado no último dia 19, teve uma parada cardíaca quando era levado por médicos para uma sala onde seria feita a retirada de seus órgãos para transplante. A morte cerebral dele havia sido constatada pelos especialistas horas antes da parada cardíaca.

"Os derrames cerebrais são divididos em dois tipos: o AVC isquêmico e o AVC hemorrágico. Ambos são causados por alterações nos vasos sanguíneos que irrigam o encéfalo", afirma Alessandro Blassioli, neurocirurgião e coordenador de Neurocirurgia do Hospital Estadual Regional Sul (zona sul de São Paulo).

Segundo o médico, o AVC isquêmico é o mais comum. "Ele ocorre com o entupimento de uma artéria que pode ser do pescoço (carótida ou vertebral) ou de uma artéria interna da cabeça, que limita parcial ou totalmente a chegada de sangue a uma parte do encéfalo."

Sintomas semelhantes

De acordo com o neurocirurgião, no AVC hemorrágico há ruptura de um vaso no cérebro e sangramento. "Os sintomas do hemorrágico e do isquêmico podem ser semelhantes. Pode ocorrer dor de cabeça, vômitos, rigidez na nuca, desmaio ou coma."

A neurologista Ana Paula Dias, do Hospital Professor Edmundo Vasconcelos (zona sul de SP), diz que os fatores de risco do primeiro AVC são os mesmos que provocam o segundo episódio. "Diabetes, tabagismo, sedentarismo, alcoolismo e hipertensão arterial são fatores de risco."

De acordo com ela, o socorro imediato de quem está sofrendo um AVC é fundamental. "A medicação usada para quebrar o coágulo deve ser administrada em até três horas após o AVC. Depois disso, ela não pode ser aplicada", afirma a neurologista.

"A causa mais comum de acidente vascular cerebral é a hipertensão arterial crônica, pois geralmente é silenciosa e não provoca sintomas no dia a dia. Muitas vezes a primeira manifestação é o próprio derrame", diz o neurocirurgião.

Entre as sequelas do derrame cerebral estão a perda de movimentos do corpo, dificuldade para falar, dificuldades de compreensão e alterações visuais. O tratamento varia conforme a área do cérebro que foi afetada pelo acidente vascular cerebral.
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