O sonho de participar da 13ª edição do Big Brother Brasil (BBB) levou o estudante de biomedicina Rodrigo Carvalho, de 24 anos, a deixar para trás 26 kg.
“Meus parentes e amigos sempre falavam: ‘Você é gordo, o programa não chama gente assim, só pessoas bonitas e malhadas’. Aí nunca me inscrevi, mas este ano vou participar da seleção. Esse foi meu estímulo para não ter mais vergonha de mim”, conta o morador de Ribeirão Preto, no interior de São Paulo.
Na dieta, o jovem paulista não fez grandes cortes, apenas reduziu a quantidade de refrigerantes – eram 2,5 litros por dia –, chocolates, carboidratos e salgadinhos. Também aderiu a alimentos assados – em vez de fritos –, refeições de três em três horas, frutas e sucos. E não toma mais líquidos durante as refeições – espera uma hora para beber água.
“Quando sinto muita vontade, como chocolate, mas agora fico só nos quadradinhos. E troquei o tipo ao leite pelo amargo, que é bom para o coração. Não adotei nada light, mas reduzi os pratos pela metade e adotei uma alimentação melhor”, destaca o estudante, que trabalha no setor de oncologia de um hospital em Ribeirão Preto e recebeu muito apoio dos pacientes com câncer.
Em seis meses, Rodrigo baixou de 95 kg para 69 kg, em 1,60 m de altura. Ele ainda quer perder mais 5 kg e ganhar músculos – para isso, pretende entrar na academia em breve.
Além de perder peso, o estudante diz que passou a dormir melhor, trocar o elevador pela escada e andar ou correr sem se cansar. Resolveu, ainda, dar uma repaginada no visual, com roupas mais apertadas, cabelo mais curto e lente de contato. As calças tamanho 50 foram para o fundo do armário, junto às camisas GGG. Elas deram lugar a calças 40 ou 42 e camisetas P.
“Ganhei uma blusa M no meu aniversário, no dia 8 de maio, e ficou larga. É incrível que, quando a gente é magro, aparece mais. Antes, eu era invisível, ninguém reparava em mim. Era apenas o rapaz simpático. Agora, dizem que tenho o rosto bonito”, compara.
Mesmo se não entrar no BBB nem vencer o reality show, Rodrigo diz que já está feliz, porque recuperou a autoestima, abalada desde a infância, pois sempre foi gordinho.
“O maior prêmio é eu me sentir bem comigo, foi uma vitória pessoal. As pessoas têm que correr atrás do sonho delas, independentemente do que os outros pensem e do que aconteça”, ressalta.
