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Terça-feira, 23 de abril de 2024

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Pagando pelo noviciado

Vereadores "novatos" se tornam reféns diante da crise na Câmara

Passados mais de quatro meses de trabalho na Câmara Municipal de Cuiabá, os vereadores, chamados “novatos” parecem que se transformaram em verdadeiros reféns da crise instalada na Casa Leis.

Passados mais de quatro meses de trabalho na Câmara Municipal de Cuiabá, os vereadores, chamados “novatos” parecem que se transformaram em verdadeiros reféns da crise instalada na Casa Leis. Isso porque, ao longo desse período fatos polêmicos têm marcado o Legislativo municipal fazendo com que o foco dos trabalhos à frente da instituição seja alterado e os nove parlamentares eleitos no último ano, colocados de lado.


O caso do vereador Ralf Leite (PRTB), que chegou a ser preso no dia seis de fevereiro, após ser pego pela polícia com um travesti de 17 anos, em Várzea Grande, rendeu muita polêmica. De lá para cá, o assunto é colocado em pauta rendendo grande espaço de tempo na tribuna.

No entanto, desde a última semana, a cena foi roubada pelo suposto rombo de R$ 3 milhões que o ex-presidente da Câmara, vereador Lutero Ponce (PMDB) teria causado, conforme apontou auditoria contratada pelo seu sucessor, Deucimar Silva (PP).

Os assuntos tomaram grandes proporções no meio da população cuiabana e ainda com repercussão na mídia nacional, o que leva os novos vereadores a terem a se sentirem recuados e serem terem que tomar posturas diante a situação. Pelo menos é o que avalia o vereador e apresentador Toninho de Souza (PDT). “Não temos como fugir do assunto, pois a cidade se envolveu nessas questões e a população aguarda uma resposta dos vereadores”, declarou ao Olhar Direto.

Ele, que é membro da Comissão de Saúde montada na Casa de Leis para fiscalizar a saúde pública na administração do prefeito de Cuiabá, Wilson Santos (PSDB), avalia que os dois assuntos são pertinentes, mas desvirtuam outros, que muitas vezes não são discutidos por falta de espaço.

Porém, ele ressalta que a suspeita do desvio de R$ 3 milhões que teria sido praticado por Lutero Ponce, é algo que deverá ser alvo de muitas outras sessões Plenárias, tornando-se um dos principais assuntos até que o caso tenha um desfecho, já que o próprio Legislativo optou em arquivo os pedidos de investigação contra o peemedebista.

Na mesma linha segue o ex-radialista, apresentador e vereador Everton Pop (PP), eleito o mais votado na capital, e que tem propagado discursos ideológicos e cobrado dos colegas “transparência” e “postura”. Em seus discursos na Casa, o progressista alega que muitos dos vereadores falam, criticam, mas se deixam levar pelas “pressões” e cedem.

“Eu sei das conseqüências das falas proferidas. As pressões às vezes são invisíveis, mas elas existem e é necessário se posicionar”, declarou o vereador quanto ao comportamento do Legislativo, no dia em que o vereador Lutero foi absolvido pela maioria dos processos de cassação.

Dessa forma, os “novatos” deverão passar pela turbulência instalada e tentar driblar as circunstâncias, na tentativa de dar andamento nas questões de interesse coletivo.
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