O interrogatório do empresário do ramo de hortifrutigranjeiro, Júlio Uemura, acusado de chefiar uma quadrilha especializada em dar golpes financeiros em Mato Grosso, já está marcado pela justiça. Além dele, o juiz da 15º Vara Criminal, José Arimatéia Neves Costa, vai ouvir os outros 28 acusados de envolvimento no esquema. Serão necessários quatro dias para a realização das as audiências de instrução de julgamento, sendo de 4 a 7 de junho.

Serão mais de 100 testemunhas entre defesa e acusação, e no último dia o juiz irá ouvir os acusados, denunciados durante a Operação Gafanhoto,  pelo deflagrada pelo Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco), no mês de março.

Sete acusados chegaram a ser presos pela PF, e apenas Júlio Uemura conseguiu prisão domiciliar, pela segunda vez, e cumpre a pena em casa. Ele conseguiu uma liminar junto ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) e a defesa alega, que o empresário tem 59 anos e não tem condições de saúde para permanecer preso, pois sofre de diabetes melitus e hipertensão sistêmica.

A quadrilha realizava golpes com a de criação de empresas fantasmas para compra de produtos hortifrutigranjeiros, emitindo cheques de até  R$ 200 mil na praça.

Na lista estão policiais civis, investigadores, contadores, e até um advogado de São Paulo acusado de participar do esquema com informações privilegiadas. As empresas de Júlio Uemura estão espalhadas pela Grande Cuiabá.