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Sexta-feira, 19 de abril de 2024

Notícias | Política MT

Jayme quer grupamento especial na fronteira

Em discurso na tribuna do Senado, hoje à tarde (28), Jayme Campos pediu a criação de um grupamento especial da Força Nacional de Segurança, destinado especificamente ao monitoramento de fronteiras. Ele mostrou-se preocupado com a facilidade da ação criminosa de bandidos na fronteira entre Mato Grosso e a Bolívia, numa linha seca de 750 quilômetros. “Criou-se ali um ‘estado’ marginal com regras próprias e um código paralelo, onde a vida e a dignidade do ser humano nada valem”, indignou-se o parlamentar.


Jayme informou que o patrulhamento de fronteira na região é feita por apenas 102 agentes, e que cinco rodovias clandestinas, chamadas no jargão policial de “cabriteiras” ligam Cuiabá a três municípios bolivianos: San Mathias, San Vicente e San Bartolo. Conforme revelou ainda, dos 849 automóveis roubados na capital matogrossense em 2008, 46% deles foram destinados ao desmanche ou ao translado para o país vizinho, onde foram convertidos em drogas.

O senador esclareceu ainda que um dos principais ativos financeiros na área de divisa são os carros roubados no Brasil. Ele conta que no mercado negro os veículos são trocados por cocaína ou até revendidos para seus próprios donos. “Uma carreta chega a custar 30 mil dólares”, espanta-se.

O parlamentar pediu a criação desta nova unidade de segurança, mas advertiu que deve ser “um destacamento que possua um aparato tecnológico preparado para a envergadura da tarefa”. Neste sentido, ele sugere que o grupo “disponha de uma base avançada, com serviço de acompanhamento via satélite, helicópteros e até aviões caça para abater aeronaves clandestinas e bombardear as ‘cabriteiras’, inutilizando o caminho dos ladrões e narcotraficantes”.

Jayme justifica que as estradas clandestinas são um portal de entrada para o crime, onde bandidos cobram pedágios de bandidos para a passagem de carros roubados para a Bolívia, e de drogas em sentido contrário para o Brasil. “Contra o mal, devemos dispor de todos os nossos recursos. É uma guerra que devemos travar sem tréguas”, disse. “Porque o crime é apátrida, não tem bandeiras, e suas conexões ilegais não conhecem fronteiras ou nacionalidades”, prosseguiu.

Ao finalizar, o senador democrata fez uma advertência:

- Não se combate o crime apenas com palavras, mas sim com atitudes duras e investimentos em segurança pública.
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