A montadora japonesa Nissan e a francesa Renault informaram hoje que irão intensificar sua parceria a fim de reduzir custos. "Temos de agir rápido. Procurar sinergias não é mais opcional, mas obrigatório", afirmou Carlos Ghosn, presidente e executivo-chefe da Renault-Nissan Alliance. "Designamos um grupo de especialistas que irá concentrar-se na construção de sinergias maiores, que nos faça enfrentar a crise e nos posicione de forma competitiva para o futuro." A Renault é a maior acionista da Nissan, com 44,3% do capital da montadora japonesa, que, por sua vez, detém 15% da francesa.
A equipe de especialistas irá procurar formas de cooperação na compra, fornecimento de autopeças, plataformas de produção, logística, tecnologia avançada e operações sem emissão de gases. Ambas as companhias disseram ter identificado sinergias que irão contribuir com 1,5 bilhão de euros (US$ 2,1 bilhões) na liberação de fluxo de caixa este ano.

Assim como todas as montadoras mundiais, Renault e Nissan têm sido duramente atingidas pela queda global das vendas de veículos e Ghosn já tinha dito que iria reforçar a parceria entre as empresas. Entre as medidas que serão implementadas, a fábrica da Renault no Brasil irá produzir mais dois modelos da Nissan em 2009, enquanto a planta da Nissan na África do Sul produzirá mais dois veículos Renault. As empresas também vão compartilhar motores e plataformas e terão uma plataforma comum na Índia para veículos mais simples.