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Quarta-feira, 24 de abril de 2024

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Amigável para estrangeiros, Irlanda vira meta para estudantes do Brasil

Estudar inglês em Dublin é sinônimo de aprender o idioma e também matar a saudade do português com alguma frequência. Isso porque o número de brasileiros que vão à Irlanda com essa finalidade aumentou expressivamente nos últimos anos.


O Fáilte Ireland (Autoridade Nacional de Desenvolvimento do Turismo) estima que 113 mil estudantes frequentaram as 110 escolas credenciadas da Irlanda em 2008. Desses, 7% eram da América do Sul, a maioria (80%) do Brasil --um total aproximado de 6.300 estudantes, segundo dados prévios. Em 2006, os brasileiros eram pouco mais de 800.


O EFL (sigla para "english as a foreign language", que designa aprendizado de inglês por estrangeiros) movimenta anualmente 500 milhões de euros (quase R$ 1,5 bilhão) na economia irlandesa. "É um produto turístico que não pode ser subestimado", diz Fionnán Nestor, chefe de desenvolvimento de produtos para estudantes estrangeiros do Fáilte Ireland.

A crise financeira mundial, se por um lado freou essa tendência, por outro reforçou uma grande vantagem da Irlanda frente à vizinha Inglaterra: o preço. E não apenas isso. Além de um custo menor, o país de James Joyce, Oscar Wilde, Samuel Beckett e U2 tem uma postura mais aberta em relação à entrada de estrangeiros.

Os estudantes podem chegar ao país sem visto, mas estão sujeitos a avaliação para entrar (veja mais no site da embaixada da Irlanda). Ainda no aeroporto, recebem um visto provisório, que deve ser trocado por um definitivo em um órgão de Imigração.

Amigável

Por esse e outros motivos, em 2008 o guia "Lonely Planet" elegeu a Irlanda o país mais amigável do mundo.

Divulgação

Isabel Rocha, 31, sentiu essa diferença quando se preparava para cursar inglês em Londres, em 2006. Dinheiro trocado, emprego abandonado, carro vendido, escola e acomodação pagas. Mas, dez dias antes de embarcar, recebeu uma carta da embaixada da Inglaterra que informava a negação do visto.

A analista de comunicação teve de repensar rapidamente o que faria. Optou pela Irlanda. "É um país da União Européia onde eu poderia conseguir o visto já no destino, muito mais simpático a outros povos", relata. Para ela, essa seria uma boa opção para aprender inglês ("apesar da dificuldade inicial com o sotaque") e conhecer uma cultura pouco divulgada no Brasil.

A dica para quem vai estudar em Dublin, segundo Isabel (que voltou ao Brasil após quase um ano), é morar próximo do Luas, o metrô de superfície. "Eu fazia tudo a pé, o que é um luxo para quem vive em grandes centros urbanos no Brasil."

Trabalho legal

Os estudantes estrangeiros podem também trabalhar legalmente no país, informa o Instituto Brasil-Irlanda, com sede em São Paulo. Para isso, é preciso estar matriculado e já ter quitado um curso de inglês com duração mínima de 25 semanas e exame reconhecido pelo Departamento de Educação e Ciência, além de seguro saúde e provar ter dinheiro para se manter nos primeiros meses.

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