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Sexta-feira, 19 de abril de 2024

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retorno garantido

Fifa já garante seu lucro com a Copa-2014

Enquanto sedes do Brasil para a Copa-2014 têm dificuldades para arranjar investidores privados, a Fifa já tem garantida sua renda relativa ao Mundial daqui a seis anos. Foram fechados todos os contratos de patrocínio grandes e um local e parte dos acordos de televisão, o que já garante a viabilidade financeira para a entidade.


Mas nenhuma parte desse dinheiro arrecadado pela Fifa vai ser usado para a construção de estádios ou infraestrutura para a Copa, que são garantidos pelos governos estaduais. Haverá repasses para o COL (Comitê Organizador Local) em montantes bem menores.

"Os contratos já estão todos assinados. Não haverá problemas para a Copa [2014]", explicou o membro do Comitê Executivo da Fifa Jack Warner. Ele disse que os acordos foram feitos antes da crise econômica.

Relatório da Fifa mostra arrecadação de US$ 253 milhões (R$ 499 milhões) com direitos de marketing no ano passado. Em direitos de TV, a entidade ficou com US$ 550 milhões (R$ 1,085 bilhão). O total da receita foi pouco inferior a US$ 1 bilhão (R$ 2 bilhões).

Quase toda a receita é referente à Copa. Até os patrocinadores permanentes da Fifa --são seis-- só têm acordos pela garantia de aparecerem no Mundial. Os novos contratos para 2014 foram fechados no primeiro semestre de 2008, com a Castrol e a Continental.

Do Brasil, o Banco Itaú foi anunciado oficialmente como patrocinador do Mundial local. Outros cinco contratos deste tipo vão ser fechados. Neste caso, o COL pode ficar com a verba.

O comitê organizador da Copa na África do Sul, no entanto, recebeu apenas US$ 130 milhões (R$ 256 milhões) em 2008. Esses repasses da Fifa são progressivos: crescem conforme o Mundial se aproxima.

Os custos da entidade com os Mundiais é maior do que o dinheiro dado ao COL. Foi de US$ 344 milhões (R$ 679 milhões) em 2008. Mas incluiu congressos e viagens e hospedagens de cartolas.

Por sinal, se os repasses da Fifa para os comitês locais são magros, os gastos com salários de dirigentes, viagens e congressos não é pequeno.

Há, por exemplo, US$ 12 milhões (R$ 24 milhões) reservados para pagar pensões para os membros do Comitê Executivo da Fifa, os 24 cartolas que escolheram as cidades-sedes do Brasil no Mundial. Com oito anos de casa, um dirigente já tem direito a aposentadoria.

Congressos e encontros, como o atual em Nassau, consumiram US$ 41,2 milhões (R$ 81 milhões) no ano passado, ou cerca de um terço do que foi repassado ao país da Copa.

Para as reuniões, são convidados delegados do mundo inteiro, boa parte deles sem nenhuma participação efetiva nas discussões em curso. Suas passagens e diárias em hotéis de luxo são pagas pela Fifa.

São as mesmas pessoas ligadas à entidade que estarão no Brasil com facilidades de visto para acompanhar o Mundial. Nem a Fifa nem seus patrocinadores terão de pagar impostos por exigência do caderno de encargos aceito pelo Brasil.

Apesar disso, serão os governo federal e estadual e as prefeituras que vão bancar as reformas de infraestrutura para o Mundial. E, com há dificuldade de obtenção de dinheiro privado, também devem investir pesado nos estádios.

Pelo menos no jogo da Copa, a crise econômica afeta mais as entidades públicas.

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