Após 13 horas ininterruptas de audiência, o empresário do ramo hortifrutigranjeiro, Júlio Uemura, foi solto. De acordo com o advogado de defesa, Ricardo Monteiro, as nove testemunhas  de acusação foram ouvidas ontem, porém o juiz da 15º Vara Criminal, José de Arimatéria Neves Costas, considerou que os depoimentos foram suficientes para liberar o empresário .

Uemura cumpria prisão domiciliar determinada pela Justiça. Ele chegou a ser preso juntamente com outras sete pessoas durante a operação “Gafanhoto”. Contudo, ele conseguiu Habeas Corpus e cumpriu prisão domiciliar no apartamento da família, localizado no Bairro Santa Rosa. Ao todo foram 30 denunciados no esquema, que supostamente era liderado pelo empresário, acusado de chefiar uma quadrilha especializada em dar golpes financeiros em Mato Grosso.

O Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJ) cassou a liminar e o enviou para Polinter até que o ministro Celso Limongi, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), concedeu prisão domiciliar novamente, devido às condições de saúde do acusado.

Júlio Uemura é acusado de formação de quadrilha, estelionato, tráfico de influência e extorsão. Entre os denunciados está o ex-deputado estadual Walter Rabello, por tráfico de influência.

Ainda haverá audiências hoje e nos próximos três dias onde serão ouvidas testemunhas de defesa e os denunciados. O depoimento de Júlio Uemura ocorreá no domingo (7).