"O brasileiro, salvo exceções, não gosta de planejar nada, é imediatista, deixa tudo para a última hora", avaliou hoje (06-06) o prefeito de Cuiabá, Wilson Santos, durante reunião com os fiscais da Prefeitura da Capital matogrossense. "Esse é um encontro de trabalho muito proveitoso para ambas as partes. Reconheço que deveríamos ter dado mais atenção à área de fiscalização. Já atuei nesse setor e sei o quanto é complexo, mas é hora de nos unirmos e resolver todas as pendências em prol dessa categoria e de Cuiabá".
A presidente do Sindasfimc, Rosamary Fontes, informou que preende instituir uma comissão sindical (com participantes de outras Pastas do Município) para respaldar algumas das questões abordadas na primeira e segunda reunião entre os fiscais, prefeitos e secretários , 'a fim de se definir um objetivo comum'. Wilson concordou e disse que esta comissão pode ser formada com os membros participantes desta reunião na Governança Integrada (06-06). "O assunto é longo e não pode ser exaurido em duas ou três reuniões. Vamos agora até o final para aprofundar, discutir e viabilizar as melhores propostas".
Wilson recordou que, ao assumir a Prefeitura de Cuiabá em 2005, o órgão estava praticamente em processo de dissolução, salvo algumas áreas. "Era notório o risco de implosão. Foi preciso reestruturar tudo. Agora vamos trabalhar mais com a área de fiscalização nesta segunda gestão. A responsabilidade pelo gerenciamento urbano é do município, e a fiscalização é um segmento importantíssimo nesse contexto.
Cuiabá é uma cidade que se insere entre as capitais com 'gastos "na média', também assinalou. "Agora, a Receita nossa está bem abaixo da média da arrecadação das capitais. Campo Grand e já arrecadou quase R$ 120 milhões só com IPTU. Florianópolis, R$ 100 milhões, e tem 200 mil habitantes a menos que Cuiabá. Nossas alíquotas estão completamente defasadas. Não há dúvida, portanto, que precisamos elevar Cuiabá ao patamar nacional da média nacional da arrecadação das capitais".
Santos lamentou que algumas irregularidades ainda estejam sucedendo à vista geral da área de fiscalização em pleno centro da Capital. "Um desrespeito aos nossos fiscais e à figura do prefeito e de quantos não compactuam com isso. É o caso da venda de DVDs piratas em plena Praça Alencastro e Praça Ipiranga e outros tipos de comércio clandestino. Uma irregularidade que está com seus dias contados", avisou. "Soma-se à atividade de carga e descarga de caminhões na cidade em qualquer horário, seja distribuindo bebidas ou transportando carros às concessionárias".
A fixação de faixas comerciais na cidade está proibida por decreto a partir deste dia 15. "O Município perde em termos de arrecadação, mas ganha em qualidade visual. Somente poderão ser afixadas faixas alusivas a eventos públicos, anúncios institucionais da Prefeitura, Governo do Estado, Governo Federal e outras de interesse da comunidade. Não faixas anunciando festas de pagode e essas coisas".
