Em meio ao cenário de indefinições sobre a sucessão estadual, a definição de Cuiabá como uma das sedes da Copa do Mundo de 2014 aumentou o clima de incertezas no já complicado cenário político estadual.
E no centro das atenções principais dos analistas e articulistas está o prefeito Wilson Santos, do Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB), reeleito para o cargo no ano passado e líder de todas as pesquisas de opinião realizadas de lá para cá. Santos é um dos potenciais candidatos à sucessão de Blairo Maggi em 2010.
O segundo centro das atenções, sem dúvida, é o senador Jaime Campos, do Democratas (DEM), que também pode ser um candidato das "oposições", nas eleições gerais do próximo ano, embora hoje seu partido integre a base governista.
O terceiro centro é o vice-governador Silval Barbosa, do PMDB, que também pode concorrer ao Paiaguás, embora sua candidatura esteja atrelada a uma eventual abertura de espaço por parte do governador Blairo Maggi.
Presidente regional do PPS, o deputado estadual Percival Muniz também tem a pretensão de disputar o cargo máximo do Poder Executivo em Mato Grosso, mas a falta de estrutura de seu partido e sua baixa "capilaridade eleitoral" podem pesar em qualquer decisão futura.
O PR, após o recuo da candidatura de Luiz Antonio Pagot, tem três candidatos nos bastidores: o deputado Sérgio Ricardo, primeiro secretário da mesa diretora da Assembléia Legislativa; o empresário Mauro Mendes, dono da Bimetal e presidente da Federação das Indústrias de Mato Grosso (Fiemt); e o ex-prefeito de Rondonópolis, Adilton Sachetti, estes últimos lançados em recente encontro da sigla republicana.
O PP e os demais partidos ainda sequer ensaiam candidaturas próprias, com exceção do deputado José Riva, presidente da mesa diretora da Assembléia, que até poucos dias manifestava a intenção de disputar um das vagas de senador em 2010. Porém na semana que passou, deu entrevistas e usou a tribuna da Assembléia, acenando com uma possível mudança de postura e colocando-se como opção para disputar a cadeira do governador Blairo Maggi, em 2010.Essa definição de José Riva deve acontecer, segundo ele, até o próximo mês de agosto.
Em resumo, a expectativa maior gira em torno das definições no âmbito do PSDB e do DEM. Ouvido pelo
Olhar Direto, o cientista político e articulista, Alfredo da Motta Menezes, admite que o "número de perguntas nas ruas só aumentou" depois da escolha de Cuiabá como uma das sedes.
"Antes, todo mundo me perguntava se o Wilson deixaria de ser candidato a governador para cuidar dos dividendos políticos do PAC. Agora, todo mundo quer saber se a definição por Cuiabá vai ter peso no cenário político. Eu digo que tem, mas as incertezas aumentaram, assim como os questionamentos a serem respondidos", declarou Motta Menezes.
