Os principais executivos da General Motors e da Chrysler compareceram ao Congresso dos Estados Unidos pela segunda vez em duas semanas para defender os planos de diminuir o número de revendedores de ambas as marcas e tentaram rebateram as críticas de que as medidas seriam injustas. "Uma rede forte de revendedores é vital para o sucesso da GM", afirmou o executivo-chefe da montadora, Frederick "Fritz" Henderson, ao Comitê de Energia e Comércio da Câmara dos Representantes dos EUA.

Ele acrescentou que o corte de aproximadamente 2.600 concessionárias até o terceiro trimestre de 2010 resultará em uma economia de US$ 2,5 bilhões por ano à GM - sendo US$ 2 bilhões em pagamentos diretos aos revendedores e o restante com despesas publicitárias, assistência técnica e treinamento. A montadora possui atualmente 6 mil revendedores, em comparação a 1.240 da Toyota, segundo Henderson. Isto forçaria as concessionárias da GM a competirem entre si, provocando uma queda nos preços dos veículos e diminuindo o valor "residual" dos carros.

Henderson afirmou que 96% dos 1.350 revendedores indicados para fechar as portas assinaram acordos de encerramento gradual das atividades até outubro de 2010. A GM também espera perder outras centenas de concessionárias devido às condições de mercado. De acordo com um documento enviado por Henderson aos deputados do comitê de Energia e Comércio, uma análise detalhada da rede de revendedores da GM mostrou que 3.380 seria o número ideal de concessionárias para a marca.

O presidente da Chrysler, James Press, reiterou que o revendedor médio da marca sofre prejuízos. "Sem lucros, os revendedores não podem investir em pessoal, treinamento e instalações. Como resultado, as vendas e a satisfação do consumidor sofrem", avaliou. Neste mês, a Chrysler fechou aproximadamente 800 concessionárias - o equivalente a cerca de 25% de sua rede de revendedores. As informações são da Dow Jones.