O delegado Protógenes Queiroz disse, ontem ( 10 ),  em Recife, que não confirma nenhuma linha da reportagem sobre ele na revista "Veja" e que, se fosse se candidatar a algum cargo, seria o de "carcereiro do banqueiro bandido Daniel Dantas". "Estão tentando macular a imagem do presidente Lula, da ministra Dilma [Rousseff], com mentiras.

" A revista traz notícias mentirosas. É uma montagem e alguém tem que ser responsabilizado", disse o delegado, após dar palestra na Universidade Federal de Pernambuco.

O delegado voltou a afirmar que em nenhum momento a ministra Dilma Rousseff ou o ex-ministro José Dirceu foram alvo na investigação da Operação Satiagraha e que tudo que conseguiu apurar já consta nos autos da operação para o prosseguimento das investigações. Ele disse ainda que não teme ser investigado e que vai acionar juridicamente a revista "Veja", pois "ela prestou um desserviço à população".

"Quando houve a primeira publicação mentirosa, do suposto grampo sem áudio, eu disse que era mentira. Agora a investigação está sendo concluída com este resultado, mas não entrei na Justiça pois compactuo com a liberdade de imprensa geral e irrestrita. Ela, porém, deve ser feita com responsabilidade. E isso não aconteceu", disse Protógenes.

O delegado foi questionado se pretende concorrer a algum cargo público. Ele negou a intenção, mas disse, em tom de brincadeira, que é "candidato a carcereiro do banqueiro bandido Daniel Dantas".

"Quero inaugurar a primeira penitenciária do país para banqueiros bandidos. E a concorrência para ser carcereiro [de banqueiro bandido] está aumentando. Tem muita gente interessada, como eu", disse.