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Quinta-feira, 18 de abril de 2024

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Mais de 18 mil armas foram retiradas de circulação em todo o Mato Grosso

Pelo menos mais de 18 mil armas de fogo foram retiradas de circulação em Mato Grosso, nos últimos cinco anos. Elas estavam nas mãos de bandidos e uma parte delas foi furtada das residências de cidadãos comuns, que tentaram se proteger. Somente este ano, na Grande Cuiabá, 1.315 armas foram entregues espontaneamente, ou  apreendidas pela Polícia Civil como também pela Polícia Militar. Espontaneamente foram apenas 18. As restantes 1. 297  foram apreendidas pelas duas polícias.


Os números foram apresentados na tarde de hoje, durante audiência pública sobre desarmamento dentro do projeto a 'Caravana Comunidade Segura', na Assembléia Legislativa. Políticas públicas para o desarmamento e diretrizes de integração institucional para o controle do porte e legalização de armas foram alguns dos temas debatidos. A caravana é uma iniciativa da Oscip Viva Comunidade em parceria com a Rede Desarma Brasil, que agrupa mais de 70 organizações não-governamentais que trabalham a questão do desarmamento no país.


O objetivo é reforçar a campanha para o desarmamento. Conforme o secretário de Justiça e Segurança Pública, Diógenes Curado, os números nacionais da campanha anterior de desarmamento comprovam a diminuição em torno de 12% dos homicídios durante e logo após o trabalho de conscientização, entre 2003 e 2006, o que significou pelo menos 4,5 mil vidas preservadas. Heather Sutton, representante do Instituto 'Sou da Paz' de São Paulo, ressaltou que nesse período, Mato Grosso esteve no ranking ficando em quarto lugar entre os 16 estados que apresentaram a maior queda nos homicídios.

Uma das alegações é de que as dificuldades Mato Grosso no combate à circulação de armas, conforme o diretor da Polícia Civil, Lindomar Costa, é o fato de ter uma fronteira seca de 750 km com a Bolívia. Nesse trecho, acontece o tráfico de armas, que abastece o próprio Estado e vai alimentar o tráfico de drogas das favelas cariocas, inclusive. A diretora adjunta da Polícia Civil, Thaís Camarinho, pontua que a maioria da fabricação das armas é feita no Brasil.

O diretor geral da Polícia Civil, José Lindomar da Costa, explica que quem tiver uma arma em casa precisa buscar a regularização, adotando o procedimento de registro, ou fazendo a devolução até 31 de dezembro deste ano. É importante lembrar que ter uma arma de fogo em casa sem registro é crime, com pena de 1 a 3 anos de prisão. A indenização para entrega da arma é de R$ 100 a R$ 300, dependendo o modelo e o ano. "Na campanha realizada entre 2004 e 2005, a população entregou 4.883 armas espontaneamente, outras 100 foram entregues nos anos seguintes".

A audiência foi presidida pelo deputado Guilherme Maluf (PSDB), a mesa de debates contou com a presença do deputado Jota Barreto. Para Maluf, é importante que se faça diversas ações preventivas como também a colaboração da sociedade. Das apreensões realizadas pela Polícia Civil, foram registradas 7.801 armas desde 2005 e, em apenas três anos, a Polícia Militar apreendeu 5.266 revólveres.
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