O Polícia Federal incinerou duas toneladas de cocaína e mais de trezentos quilos de maconha nesta manhã (26), em Cuiabá. O ato, realizado no Dia Internacional do Combate ao Uso Indevido de Drogas, representa uma comemoração aos resultados das apreensões feitas no ano de 2008, quando Mato Grosso foi responsável por 30% da apreensão de drogas em todo Brasil.
O diretor geral da PF, Luiz Fernando Correa, esteve presente à solenidade e elogiou o trabalho que vem sendo realizado em Mato Grosso. “É muito importante o trabalho de apreensão, mas também é muito importante a ação de inteligência e a Polícia Federal de Mato Grosso está conseguindo fazer um grande trabalho nesse sentido”.
Ao total, foram apreendidas 20 toneladas de cocaína em todo país no ano passado. Quatro toneladas, 20% do total, foram apreendidas só em Mato Grosso. Mais duas toneladas foram apreendidas em outros Estados, mas sob a modalidade de ‘Entrega Controlada’, na responsabilidade da PF de MT.
Estado que apreende
Oslain Campos Santana, superintendente regional da Polícia Federal, explica que Mato Grosso se destaca pelo volume de drogas apreendidas devido à extensa fronteira com a Bolívia, o terceiro maior produtor de cocaína do mundo. São mais de 700 quilômetros de fronteira , em sua maioria seca, o que facilita a entrada de drogas.
O diretor regional ainda cita que o trabalho de apreensão continua em alta. Neste ano, já foram aprendidas aproximadamente 1,5 tonelada de cocaína. Para ele, outro fator importante para os resultados positivos é um acordo firmado pela PF com a Polícia Nacional da Bolívia.
Ele também explica que o volume de apreensões costuma ser sazonal. Investiga-se uma quadrilha, realiza o trabalho de inteligência, faz apreensões e desarticula o bando, tirando-o de ação. Então é preciso recomeçar todo processo com novas quadrilhas que surgem, o que pode custar algum tempo para a realização de novas apreensões.
Exemplo para o Brasil
O secretário de Justiça e Segurança Pública, Diógenes Curado, também esteve presente no ato e disse que hoje, Mato grosso é exemplo na prevenção ao tráfico de drogas. Segundo ele, o trabalho do Grupo Especial de Fronteira (Gefron), com 100 homens permanentes na fronteira, tem sido importante nesse processo e servirá de modelo para várias outras unidades de fronteira pelo Brasil.
“São mais de 700 quilômetros de fronteira com a Bolívia. Quem conhece a fronteira sabe como é difícil esse trabalho. A droga acaba entrando. Entra de carro, entra de a pé, entra de cavalo, de carroça e pelo ar”, declarou Diógenes.
A incineração ocorreu a partir das 10h na caldeira da empresa Amaggi Cuiabá, no Distrito Industrial.
Atuaizada às 13h18
