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Quinta-feira, 28 de março de 2024

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Primeira capital de Alagoas, Marechal Deodoro, preserva prédios históricos

Foto: Jonathan Lins/G1

Primeira capital de Alagoas, Marechal Deodoro, preserva prédios históricos
A entrada da cidade é muito arborizada, dá uma sensação de tranquilidade. E em poucos metros, surge a primeira igreja. É a Capela da Boa Viagem, bem pequenininha, pintada de azul e branco. Marechal Deodoro é assim, rodeada de igrejas. A Catedral fica no alto e é vista de quase todos os pontos da cidade.


Seguindo pelas ruas de paralelepípedo, as casas coloridas começam a surgir. Marechal Deodoro é margeada pela Lagoa Manguaba, a cidade parece que parou no tempo e mantém o clima bucolíco de séculos passados.

Os deodoresnses adoram ficar na porta de casa ou na janela para olhar o vai e vem da pequena cidade. Apesar de ter poucas ruas, o fluxo de ônibus e de caminhões é intenso para o pequeno município.

Mas aposentada Maria José da Silva não se importa com esse movimento e diz que até gosta do barulho dos carros. Ela mora na lateral da Igreja e Convento São Francisco, cartão-postal da cidade histórica. "Eu adoro isso aqui, não saio de Marechal de jeito nenhum. Não gosto nem de ir até Maceió, minha vida é aqui", diz orgulhosa a deodorense de 71 anos.

O município, que hoje abriga 45.977 habitantes, segundo o IBGE, tem um grande valor histórico por ter sido a primeira capital de Alagoas e ser o berço do proclamador da República, o Marechal Deodoro. A cidade já teve vários nomes. Foi fundada em 1611 como Vila da Madalena. Depois, teve o nome de Madalena de Sabaúna, Santa Maria Madalena da Lagoa do Sul, Alagoas do Sul e, mais tarde, simplesmente Alagoas, servindo de sede do governo da então província, de 1823 a 1838.

A capital da província de Alagoas passou para Maceió em 1839. Cem anos depois, em 1939, o nome da cidade foi mudado para o atual, em homenagem ao Marechal Deodoro da Fonseca.

Em 2006, Marechal Deodoro foi tombada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Cultural Nacional (IPHAN). Não há nenhum edifício na cidade, apenas casas. Todos os serviços públicos funcionam em casarios tombados. Uma delas é a casa onde nasceu Marechal Deodoro, em 5 de Agosto de 1827, onde ele viveu até os 16 anos. No local, funciona atualmente um museu.

A fachada da casa foi toda preservada, mas no interior houve modificações. Há quadros de toda família, mas ainda não estavam pendurados. Existe uma promessa de que os pertences de Marechal Deodoro que estão no Rio de Janeiro sejam trazidos para a cidade.

Pontos turísticos
Nem todas as igrejas de Marechal Deodoro foram restauradas, mas, mesmo assim, vale a visita. A maior Catedral está recebendo uma pintura externa, mas já está aberta ao público. A Igreja e Convento São Francisco estão fechados para reforma, assim como o Museu de Arte Sacra.

A cidade também tem uma orla lagunar onde os visitantes podem contemplar a vista da Lagoa Manguaba, que se junta com a Lagoa Mundaú e forma o maior complexo lagunar do país.

O antigo mercado de carne, grande reclamação do moradores, agora se tornou um ponto onde as rendeiras de filé vão poder vender seus produtos. O local foi aberto há quatro meses e as rendeiras ainda estão se alojando.

Lá é possível encontrar o jovem Alan Deives, que aos 16 anos já faz peças maravilhosas de filé. Além de bordar, ele cria modelos diferenciados de blusas, vestidos e saídas de banho.

Investimentos
Em julho deste ano, foi anunciado o Programa de Aceleração do Crescimento, o PAC do Turismo, vai contemplar a cidade de Marechal Deodro e também Penedo com R$ 800 mil para modernização da sinalização dos destinos turísticos.
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