A polícia francesa prendeu uma gangue de batedores de carteira que se vestiam como turistas para furtar visitantes nos museus mais famosos de Paris. A maioria das vítimas eram turistas asiáticos.
O grupo carregava câmeras no pescoço e sempre comprava entradas para os museus para se misturarem e não serem notados.
Eles atuavam no Louvre, no Musee d'Orsay, na Torre Eiffel e no Palácio de Versailles e conseguiam cerca de 2 mil euros (cerca de R$ 6 mil) por dia levando as carteiras dos turistas, segundo fontes oficiais.
Eles se concentravam nas áreas mais lotadas das atrações -- no caso do Louvre, rondavam as salas onde ficam a "Mona Lisa" e a "Vênus de Milo", por exemplo.
O grupo tinha cerca de dez pessoas e foi preso nesta terça-feira (17) após uma investigação que durou semanas.
Greve
Esse tipo de delinquente tem sido cada vez mais comum em Paris. Recentemente, funcionários do Louvre fizeram greve para protestar contra a crescente falta de segurança.
A situação levou a polícia da capital francesa a publicar um folheto em seis idiomas alertando os turistas sobre como não se tornarem vítimas desse tipo de crime.
Os furtos quase nunca são denunciados, devido a barreiras culturais e do idioma e ao fato de que a maioria dos turistas fica poucos dias na cidade.