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Quarta-feira, 24 de abril de 2024

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Salão de Milão 2013 mostra marcas de moto 'atirando' para todo lado

Foto: Rafael Miotto/G1

Salão de Milão 2013 mostra marcas de moto 'atirando' para todo lado
Há mais de uma década servindo de termômetro para o ramo de motocicleta em âmbito mundial, o recém-inaugurado 71º Salão de Milão encerrou seus dias dedicados à visitação pela imprensa e profissionais do setor deixando a pergunta de sempre no ar: qual seria a tendência da safra 2014?

Terá sido este mais um “salão dos scooters”, um “salão das elétricas” ou o enésimo “salão das esportivas”? Tais rótulos, já aplicados à mostra em anos passados, não se encaixam nesta atual exposição. Mas nem por conta disso o público que à partir desta quinta-feira (7) invadirá os estandes, ávido para ver novidades, sairá decepcionado:

Há lançamentos de todos os tipos, e talvez seja exatamente esse o principal aspecto, o de não haver nenhuma tendência clara, definida.
Buscar um “norte” para o qual aponta a bússola de qualquer segmento é usual. Como no mundo da moda, dos games, da música ou dos esportes, a cada ano a criatividade humana estabelece novos rumos, algo que em tese atrai clientes, aquece as vendas e faz crescer o mercado.
No caso da motocicleta, 2013 marca o quinto aniversário de um triste mergulho em uma crise brava que abalou não apenas o setor mas toda a economia do planeta, que fez (e ainda faz) muitos pensarem que nada mais será como antes.
De um modo geral há de tudo e mais um pouco exposto em
Milão o que, sob uma ótica otimista, é sinal de vitalidade.
Já os pessimistas podem ver
nisso sinal do desespero
Os bons anos jamais voltarão? Donos de bolas de cristal devem saber. Aos que não dispõem de tal recurso restará constatar que não haver uma tendência clara é sinal de que as tendências são todas.
Fabricantes de motos do mundo inteiro mostraram uma atividade inesperada, atirando para todo lado. De um modo geral há de tudo e mais um pouco exposto em Milão o que, sob uma ótica otimista, é sinal de vitalidade. Já os pessimistas podem ver nisso sinal do desespero...
Estou no primeiro time, entre os que creem que será exatamente essa efervescência de modelos a escapatória para a depressão dos últimos anos neste que é talvez o mais importante mercado do planeta: a Europa.
Berço da motocicleta, o velho continente nunca se caracterizou por recordes de vendas de veículos de duas rodas motorizados nas últimas três décadas, posto que cabe especialmente aos países do sudeste asiático e, mais recentemente, aos países chamados de emergentes como Índia, China e, é claro, o Brasil. Porém, é no dito primeiro mundo, na Europa (e também nos EUA), que os fabricantes testam as melhores ideias, vendendo suas grandes motos, as mais caras e por consequência mais lucrativas.
A “não tendência” milanesa indica que recuperar logo muitos clientes é primordial, e isso exige estratégias diversas e complementares.

Honda
A Honda, grande líder da indústria de motos no planeta, mostrou várias novidades no salão, entre as quais uma luxuosa CTX 1300, modelo com motor V4 e não exatamente destinado a pessoas de baixo poder aquisitivo. Ao mesmo tempo, como querendo dizer “venham vocês também”, propôs uma versão classe econômica do mesmo conceito, a CTX 750, com motor bicilíndrico, parco em consumo e custos de manutenção.

Yamaha
A Yamaha "agride" seus recentes anos de vendas mornas com opções radicais: sob o slogan “The Dark Side of Japan” (o lado escuro do Japão) convoca motociclistas desejosos de transgressão com uma família de motos atraente do ponto de vista estético e técnico, as MT-09, que introduzem um moderno motor tricilíndrico e design realmente inovador.
E para aqueles que querem algo menos revolucionário e agressivo, a marca criou um degrau abaixo mais acessível, as MT-07, bicilíndricas mais calmas, mas que não renunciam à estética radical. Ponto em comum entre elas? Preço baixo, para realmente incomodar a concorrência.

Não contente, à Yamaha coube também o mérito de apostar em outro conceito de produto, por ora nas mãos de construtores europeus como a Piaggio e a Peugeot. Trata-se do Tricity, um scooter de três rodas cuja arquitetura em nada se diferencia do que já se viu anteriormente mas que, por pesar menos, custará menos. Aliás, muito menos do que seus concorrentes de três rodas. Agressividade é o nome disso.


Harley-Davidson
Se preço é a chave do sucesso para a retomada de boas vendas não se sabe ao certo, mas as novas Harley-Davidson Street 500 e 750 cc não são motos que chegam para ocupar nichos já frequentados pela marca norte-americana, mas sim para atrair gente mais jovem – e com menor poder aquisitivo – às suas hostes.


Triumph
Falando em Harley-Davidson, impossível não notar que a principal novidade da inglesa Triumph é uma moto que poderia ser tranquilamente confundida com uma... Harley-Davidson! Ou seja, quem entrar em uma loja da Triumph encontrará de tudo, da tranquila estradeira estilosa, a Bonneville, passando pela versáteis maxitrail de 800 cc e 1200 cc e chegando às superesportivas e naked de motores enfurecidos. Além, é claro, da novidade no melhor estilo “made in USA”, porém feita na Inglaterra. Diversificar é o lema da inquieta Triumph.

Ducati
Se o assunto for aquela moto para meia-dúzia (por assim dizer) de arquimilionários em busca da mais cara de todas, o destaque vai para a Ducati 1199 Superleggera que, como o próprio nome diz, é levíssima na balança, mas não no preço.
Não só é um concentrado da mais alta tecnologia motociclística como se vale de materiais especiais (e caros) como titânio e fibra de carbono, entre outros, para fascinar os que têm e não têm muito dinheiro.
Assim sendo, caminhar pelos corredores do Salão de Milão será, para os privilegiados visitantes, um exercício de múltiplas opções. Não haverá de maneira nenhuma quem possa dizer depois de horas de observação que não tenha visto algo que goste ou que imagine lhe ser útil. De fato, há de tudo e para todos os bolsos esse ano, como você pode observar na ampla cobertura do evento no G1. E isso, certamente, é um mais do que claro sinal de vitalidade da indústria da motocicleta.
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