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Quinta-feira, 28 de março de 2024

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Apaixonado por carros antigos se divide entre Opala e Santa Matilde

Comprada em 2008, a Santa Matilde 4.1 laranja do ano 1981 é motivo de orgulho para o analista de sistemas Marcelo de Camargo Figueiredo, de 32 anos, de Brasília (DF). “Chama muita atenção, até por causa da cor”, diz ele. Porém, o carro não é...

Comprada em 2008, a Santa Matilde 4.1 laranja do ano 1981 é motivo de orgulho para o analista de sistemas Marcelo de Camargo Figueiredo, de 32 anos, de Brasília (DF). “Chama muita atenção, até por causa da cor”, diz ele. Porém, o carro não é a paixão definitiva de Marcelo, que confessa que a trocaria, ainda que “com dó no coração”, por outro. “A paixão pelo Opala ainda é maior”, admite.


O Opala é preferência de família. O pai de Marcelo, Henrique, tem 64 anos e já teve pelo menos oito modelos, fabricados entre 1974 e 1991. “Desde pequenos, meu irmão e eu aprendemos a admirar e adorar os Opalas”, conta Marcelo, se referindo ao irmão mais velho, Marcus Vinicius, de 37 anos.

O cuidado de Henrique com seus carros era tanto que, quando o filho mais velho fez 18 anos, em 1995, ele preferiu desfazer-se de seu modelo branco de 1979 a colocar o automóvel em alguma situação que ele achasse arriscada. “Meu irmão mais velho fez 18 e ele vendeu com medo de a gente fazer alguma besteira”, lembra Marcelo.

Mas a garagem sem Opala não durou muito tempo. Em 1997, Henrique comprou um modelo Diplomata de 1990. No entanto, seu irmão se envolveu em um acidente e o carro acabou destruído já no ano seguinte.
“Em 2006, vimos que seria impossível olhar na garagem e não ter um Opala para admirar”, relata Marcelo. “Fomos ao Rio de Janeiro buscar um Opala 1978, de 4 portas, modelo DeLuxe, marrom”, descreve. “Colocamos rodas cromadas aro 20 e escapamento dimensionado 6x2 direto para mostrar todo o vigor do motor 6cc 4.100 da época.”

Até que, em 2008, Marcus, que era um dos donos do carro, decidiu se casar. Assim como seu pai fizera anos antes, Marcelo preferiu ver-se longe do carro do que colocá-lo em “risco”. “Os cachorros estavam estragando as rodas em casa. Então, meu irmão levou para a casa dele depois de se casar. Após o casamento o Opala acabou indo junto”, conta.

Começou então a busca de Marcelo por um novo Opala para chamar de seu. Procurou algum modelo que se equiparasse ao 1978 DeLuxe. Sem sucesso. Até que encontrou um veículo de outra marca que pudesse substitui-lo. “Eu não tinha achado um Opala que fosse do nosso agrado. Apareceu a oportunidade da Santa Matilde que acabei encontrando em uma viagem para Petrópolis (RJ)”, conta ele sobre a compra. “Assim como no Opala, coloquei rodas cromadas aro 20 e escapamento dimensionado 6x2.”

Adquirir a Santa Matilde, no entanto, não foi um processo tão simples. Marcelo estava em seu último dia de férias em Petrópolis com o pai, e viu o carro por acaso em uma loja de veículos antigos. “Na hora que eu bati o olho, eu disse: vai dar confusão lá em casa, mais um carro antigo”, conta Marcelo. Henrique deu apoio ao filho, mas com uma ressalva. “Ele disse: ‘comprar, a gente compra, mas levar para Brasília em um dia é problema seu’.”

Marcelo conta que não era possível levar o carro de um estado ao outro dirigindo. “Estava sem cinto de segurança, e também ia acabar estragando a pintura. Achei mais seguro mandar de cegonha”, diz. “Saí correndo atrás de uma lan house para procurar transporte, comecei a ligar para amigos que me dessem uma luz, tudo isso em um dia. Foi tudo uma correria só.”

'O ciúme é grande', diz Marcelo sobre os empréstimos do Opala para casamentos de familiares.

Em família
No final, deu tudo certo com o transporte em um reboque, mas Marcelo precisou acalmar sua mãe na chegada a Brasília. “Ela ficou louca, a gente já tinha uma Brasília 1980. Ela disse: ‘não acredito que vocês vão botar mais um carro parado na minha garagem’”, lembra ele.

A Santa Matilde fica na casa de Marcelo e o Opala, na de Marcus. De vez em quando, Marcelo faz uma visita ao carro na casa do irmão, e os dois também costumam sair juntos com os dois veículos. “Por onde passa vira atração quando andamos juntos de Opala e Santa”, alegra-se o leitor.

A família continua compartilhando a paixão por carros de época – e até incluindo um deles em momentos importantes. O Opala 78 já marcou presença em 4 casamentos. O primeiro foi o de Marcus, que em seguida o emprestou para a irmã e as noivas de um primo e de um cunhado chegarem à igreja com estilo. No sábado (8), outra cunhada irá utilizá-lo para esse fim. Já a Santa Matilde, segundo Marcelo, não é usada em casamentos por ser “pequena”. Mas, quanto aos empréstimos do Opala, ele faz uma ressalva: há restrição quanto à pessoa que conduz a noiva até a igreja. “O ciúme é grande. Só quem dirige o carro somos eu, meu pai e meu irmão!”
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