Nos 30 dias do mês de junho, as empresas de transporte coletivo de Cuiabá contabilizaram 75 assaltos a ônibus. O número tem assustado tanto os usuários, cobradores e motoristas, que são vítimas da criminalidade e reivindicam do Governo mais segurança. Nos primeiros seis meses deste ano, os roubos já somam 440 e o mês de janeiro foi o que mais registrou ocorrências, sendo 92 boletins.

As linhas mais afetadas são as que passam pelos bairros Jardim Florianópolis, Jardim Vitória, Novo Paraíso, Ribeirão do Lipa, Pedra 90 e pelas universidades da cidade, sempre das 17h às 23h.

A maioria dos ladrões de ônibus é formada por menores de 18 anos. O presidente do Sindicato dos Motoristas Profissionais e Trabalhadores em Empresas de Transportes Terrestres de Cuiabá e Região (STETT/CR), Olmir Justino, afirma que a quantidade de roubos e a insegurança é um dos reflexos da falta de políticas públicas voltadas para crianças e adolescentes carentes. Ele garante que os assaltos são cometidos sempre pelas mesmas pessoas, sendo a maioria menor.

Na última semana, motoristas e cobradores realizaram uma manifestação pelas avenidas de Cuiabá e Várzea Grande como forma de protesto contra os assaltos. O de maior gravidade ocorreu no dia 29 de junho, em que o motorista Alexandre Ferreira Farias (28) foi baleado na cabeça durante um assalto, em Várzea Grande. Três homens armados invadiram o ônibus, sendo dois deles adolescentes, e atiraram contra o motorista.

Com isso, a Polícia Militar realiza em Mato Grosso uma operação denominada “Cosme e Damião”, a qual o objetivo é colocar um policial em cada ônibus das linhas consideradas mais criticas.