Os casos confirmados de Influenza A (H1N1) dobraram em Mato Grosso. Até ontem eram três, no entanto, com base nas informações registradas no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan), o Estado confirmou seis casos, dos 34 notificados. Até o momento 18 foram descartados e 10 aguardam resultado.

O município de Cuiabá registra 25 casos, 13 estão descartados, 08 aguardam resultados e 04 confirmados. Rondonópolis tem 05 notificações, 01 confirmado e 03 descartados e um que aguarda resultado. Araputanga e Nova Mutum tem 01 caso descartado cada cidade. Várzea Grande 01 que aguarda resultado e Sinop 01 confirmado.

De acordo com a assessoria da Secretaria de Estado de Saúde, todos os casos registrados são de pessoas que foram para o exterior ou tiveram contatos com outros indivíduos vindos de outros países. Todos os casos foram de grau leve e passam bem. Os pacientes estão sendo monitorados em casa.

Estão sendo realizadas buscas ativa e monitoramento de todos os contatos próximos desses casos suspeitos. Os pacientes passam bem. Alguns deles permanecem em monitoramento domiciliar e receberam cuidados médicos e medicamentos.

A Secretaria de Saúde informou também que em todos os casos notificados no Estado foram adotadas medidas e procedimento definidos pelo Protocolo de Procedimentos e Manejo de Casos e contatos de Influenza A (H1N1) e pelo Protocolo de Notificação e Investigação de Casos e Contatos do Ministério da Saúde.

A assessoria informou ainda que o Hospital Júlio Müller é referência para o tratamento de casos de gripe suína, porém por recomendação do Ministério da Saúde as pessoas com suspeita de Influenza A devem procurar um médico de confiança ou um posto de saúde, onde serão orientados, conforme já ocorre com aqueles que têm gripe comum.

Essas novas medidas foram anunciadas nesta sexta-feira (3) pelo ministro da Saúde, José Gomes Temporão. As mudanças têm como objetivo principal garantir atendimento ágil a pacientes com quadro grave nos hospitais de referência e evitar óbitos. Isso porque com o crescimento dos números de casos no Brasil, nas últimas semanas, alguns Estados já observam dificuldade de atendimento nos hospitais referências devido à alta procura de pessoas com sintomas leves e, muitas vezes, com infecção por outros vírus. As 68 unidades que a rede pública possui em todos os Estados do país estão preparados para atender e tratar casos graves.

O ministro destacou que 99,6% das pessoas que contraem a nova gripe têm quadro leve e se recuperam rapidamente. A taxa de letalidade dessa doença hoje, no mundo, é de 0,4% — a mesma da gripe sazonal. Ele ressaltou que, até o momento, não há evidências de circulação do vírus no país, uma vez que todos os casos foram infectados no exterior ou de pessoas próximas a elas.

Outra mudança anunciada nesta sexta-feira é que, a partir de agora, só serão submetidas a exames laboratoriais para diagnóstico da H1N1 pessoas vulneráveis e casos graves. Também serão testadas amostras em casos de surtos localizados.

Antes da alteração do protocolo, todos os casos suspeitos eram testados em laboratório. Para se ter uma idéia, nesses dois meses desde o início da gripe, cerca de 70% a 75% das amostras coletadas em dois laboratórios de testagem para o vírus — o da Fundação Instituto Oswaldo Cruz (Fiocruz), do Rio de Janeiro e o Instituto Adolfo Lutz, de São Paulo — têm resultado negativo para a nova gripe.

O Ministério da Saúde reforçou a recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS) da necessidade de as autoridades de Saúde e de todo o corpo clínico e de apoio manterem o sigilo da identidade dos casos confirmados e suspeitos. Esta medida visa evitar estigma social aos pacientes e resguardar o direito da inviolabilidade de sua privacidade. O não cumprimento dessa medida sujeita o infrator a ações administrativas e penais.

Para maiores informações e esclarecimentos no Site Oficial da Secretaria de Estado de Saúde- www.saude.mt.gov.br, do Ministério da Saúde- www.saude.gov.br e pelo número do Centro de Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde (CIEVS) Mato Grosso- 0800-647-1201.