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Quinta-feira, 25 de abril de 2024

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Conheça um pouco do Palio Weekend Elétrico

Fugir do conceito de carrinho de golfe para desenvolver um carro elétrico que tenha como público empresas atentas ao uso de energia renovável foi a briga comprada pela Fiat, em 2006.

Fugir do conceito de carrinho de golfe para desenvolver um carro elétrico que tenha como público empresas atentas ao uso de energia renovável foi a briga comprada pela Fiat, em 2006, quando fechou um acordo com as empresas Itaipu Binacional e a suíça KWO, para o desenvolvimento do Palio Weekend Elétrico. Três anos depois, o supervisor de inovação e veículos especiais da Fiat, Leo Cavaliere, abre as portas do galpão montado dentro do complexo da usina hidrelétrica, em Foz do Iguaçu (PR), e mostra como é o projeto do carro movido totalmente a energia elétrica. O G1 testou o Palio Weekend Elétrico em vias asfaltadas dentro da usina de Itaipu.


A primeira pergunta de qualquer pessoa que liga o carro é: “está ligado mesmo?”. Isso porque o motor elétrico é silencioso — barulho mesmo só se ligar o circulador de ar. Após acostumar com o silêncio, é hora de tirar o carro do lugar. Há uma demora na resposta do carro, mas é a única. No resto do percurso ele tem comportamento semelhante a um carro 1.0 com motor a combustão. Já o funcionamento dos pedais é igual ao de um carro automático.

O propulsor gera potência máxima de 15 Kw (20 cv) e torque máximo de 50 Nm (5,1 kgfm), mas se comportou bem ao levar quatro pessoas, considerando que o Palio Weekend não é um carro pequeno e que só a bateria pesa 165 kg. Ela é composta por sais — como cloretos de sódio e níquel —, por isso, é 100% reciclável e tem autonomia de 120 km, de acordo com a Fiat.

A velocidade máxima é de 100 km/h e a aceleração de 0 a 100 km/h é feita em 28 segundos. No roteiro traçado pela Fiat foi possível chegar a apenas 70 km/h. O freio é bem sensível, mas não é em toda frenagem que ele precisará ser acionado. Ao acionar um botão no painel, toda vez que o pé for tirado do acelerador, a energia “recarrega” a bateria e o carro reduz a velocidade, ou seja, funciona como um “freio-motor”.

O conjunto de freios foi recalibrado para o projeto, assim como a suspensão, que agüenta bem o peso do carro. Na comparação com o Palio Weekend, o desempenho é inferior, mas não deixa a desejar, por se tratar de um veículo elétrico. Em relação à ergonomia, visibilidade e acabamento, o carro é o mesmo.

Externamente, o modelo é igual a qualquer outro da gama.

No entanto, o interior muda bastante. A alavanca de câmbio foi substituída por um joystick com três posições – Drive, Neutro e Ré.O painel possui um mostrador de autonomia e energia gerada e a capacidade do porta-malas foi comprometida pela bateria. Como a bateria não tem efeito memória e o carro pode ser plugado em qualquer tomada, a Fiat recomenda sempre colocá-lo para abastecer quando for desligado. O tempo total de recarga é de oito horas.

Para deslocamento de equipes e material em empresas, o carro cumpre bem seu objetivo. Ao trazer o conceito para o cotidiano de uma pessoa que investiria R$ 140 mil para ter um Palio elétrico, também. Obviamente, como um veículo alternativo para o uso na cidade, principalmente para quem tem o automóvel como meio de transporte para o trabalho.

O Palio recebe diversas modificações para a entrada na linha de montagem artesanal. O sistema elétrico, desenvolvido pela KWO, chega ao país desmontado, por isso, a primeira parte do processo é montá-lo. Aos poucos, motor, bateria e outros componentes são instalados no carro.

De acordo com Cavaliere, o modelo custa cerca de R$ 140 mil e, por enquanto, é voltado apenas para as empresas parceiras do projeto, como Ampla, CPFL, CPFL, Eletrobras, Cemig, Copel, Furnas, Correios, entre outras.

Segundo o supervisor, além do preço, o que impossibilita a venda do carro para pessoas físicas é a inviabilidade de produção em escala, até porque o sistema é importado e terceirizado. Outros dois motivos são a necessidade de aperfeiçoar a bateria, para diminuir seu peso e tamanho e aumentar a autonomia, e a falta de uma rede de abastecimento em postos, lojas, estacionamentos etc.

“Está difícil arrumar ajuda governamental para o aperfeiçoamento de um projeto como esse. Até o imposto cobrado é acima dos outros porque é classificado como ‘veículo especial’”, observa Cavaliere.
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