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Quarta-feira, 24 de abril de 2024

Notícias | Cidades

Bombeiros alertam para o risco de desabamento e soterramento durante escavação

Na semana que passou, moradores do assentamento Cabaça, no município  de Barra do Bugres, viveram um drama de 50 horas tentando encontrar o corpo de um trabalhador que estava cavando uma cisterna em busca de água para um lote e foi soterrado pelo desabamento do terreno. O assentado cavou 12 metros de profundidade em um terreno arenoso que não oferecia segurança. Depois de perfurar essa profundidade, o trabalhador estava alargando o fundo do poço para fazer um “anel” em volta, para em seguida colocar manilhas e com isso fazer o escoramento da terra.


Quando fazia o alargamento, três metros do terreno desmoronaram em cima do trabalhador. Vizinhos buscaram por socorro na cidade de Tangará da Serra. O trabalho dos bombeiros da 3ª Companhia contou com a ajuda de duas retroescavadeiras da Prefeitura de Barra do Bugres.

De acordo com o comandante da companhia de Tangará da Serra, tenente-coronel Valmil de Paula Borges, o solo arenoso tem como característica principal a não coesão da areia, ou seja, os seus grãos são facilmente separáveis uns dos outros. Por isso, os bombeiros não poderiam entrar naquele local para fazer o resgate do trabalhador, já que o terreno oferecia risco de desabamento e poderia desmoronar, fazer escora com madeiras para segurar a areia, também era pouco provável de aumentar a segurança. A solução foi cavar em volta do poço. “Se algum bombeiro entrasse naquele local poderia ser mais uma vítima”, explica. 

Segundo o Centro Integrado de Operações de Segurança Pública (Ciosp), nos últimos dois anos foram registrados cinco acidentes dessa natureza em Mato Grosso, pessoas que estavam trabalhando em galerias, poços, fossas, cisternas foram encobertas por terra e morreram soterradas. Dois desses casos aconteceram em Rondonópolis, durante o ano passado.

SEGURANÇA 

O Corpo de Bombeiros recomenda que a perfuração de valas em terrenos arenosos deve ser sempre acompanhada de algumas condições de segurança. A perfuração de poços e cisternas nessas condições não é recomendada para pessoas sem o devido conhecimento técnico. Para quem exerce esse tipo de trabalho em terreno com estabilidade e situação recomendável, devem ser observadas algumas condições de segurança, como por exemplo:

- O dimensionamento do poço e o risco proporcional, que deve ser em dimensão aceitável;

- O escoramento das paredes é sempre aconselhável de acordo com os ângulos do barranco e com a resistência do terreno;

- Deve-se evitar a acumulação de material escavado e equipamentos junto à borda das valas, e no caso disto não ser possível, deve-se tomar as precauções que impeçam o deslizamento das paredes e a queda na vala de tais materiais;

- Quando a profundidade de uma vala é igual ou superior a 2m deve-se proteger as suas bordas com um guarda-corpo ou sinalização adequada;

- Não se deve instalar no interior de valas máquinas acionadas por motores a explosão que gerem gases como o monóxido de carbono, a não ser que sejam providas de instrumentos necessários para sua exaustão;

- Devem ocorrer interrupções de trabalho durante o dia que houver chuvas; 














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