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Sábado, 20 de abril de 2024

Notícias | Copa 2014

Uniforme rubro-negro da Alemanha em terreno inimigo

Ao cruzar com os donos da casa, no penúltimo capítulo da Copa, a Alemanha despontará no gramado do Mineirão, na terça-feira, embrulhada nas cores do time mais querido do Brasil. É de vermelho e preto que o poderoso esquadrão de Thomas Muller, Schweinsteiger e Oezil tentará superar os anfitriões e chegar à final. Atingirá o auge sua estratégia de marketing, da roupa com segundas intenções, mirando nos milhões de corações torcedores do Flamengo para, assim, garantir apoio num país estrangeiro.


Só que não — por um probleminha de endereço.

Homenagem da Federação Alemã ao clube hexacampeão brasileiro materializada pela Adidas — fornecedora de material esportivo dos dois —, o uniforme tem potencial para gerar o efeito exatamente contrário na plateia. A semifinal da Copa será na terra do Atlético-MG, que sustenta com o rubro-negro carioca uma das mais ferrenhas rivalidades de todo o país do futebol. A referência cromática deve servir, na verdade, para turbinar as vaias.

— Sério que eles vão jogar com aquele uniforme igual ao do Flamengo? Danou-se — admirou-se o atleticano Pablo Rocha Dias, estudante de 19 anos, que cresceu ouvindo o pai vociferar contra os rivais cariocas. — A gente já ia torcer pelo Brasil, claro. Agora então...

A relação da metade alvinegra dos mineiros é um pote até aqui de mágoa desde os anos 1980, época do monumental Flamengo de Zico, Júnior, Leandro, Tita, Adílio, da constelação de craques que chegou ao título mundial de clubes. E também do espetacular Atlético-MG de Reinaldo, Toninho Cerezo, Paulo Isidoro e Éder, entre outros superjogadores. Os dois esquadrões encenaram disputas inesquecíveis, mas a maioria de vitórias rubro-negras dói até hoje pelas esquinas de Belo Horizonte.

Começou pela final do Brasileiro de 1980 que, em campo, muita gente boa aponta como a maior já realizada no país. Depois do jogo de ida, no Mineirão (Atlético 1 a 0, gol do incrível Reinaldo), as duas torcidas embrenharam-se numa batalha pelas ruas vizinhas ao estádio. O conflito repetiu-se quatro dias depois, na partida de volta, no Maracanã, vencida pelo Flamengo por 3 a 2, gols de Nunes (2), Zico e Reinaldo (2). Os cariocas conquistavam ali seu primeiro título nacional.

Houve outros duelos memoráveis em campo e tensos fora dele. O maior aconteceu na Libertadores de 1981 — também conquistada pelos rubro-negros —, numa partida em Goiânia que não chegou ao fim, porque o árbitro José Roberto Wright expulsou cinco jogadores do Atlético (Éder, Reinaldo, Palhinha, Chicão e Osmar Guarnelli) e os mineiros ficaram com número insuficiente em campo para continuar.

CLARO E ESCURO

Quase três décadas e meia se passaram desde a origem da rivalidade, mas ela está aí, viva e saudável para atravessar o caminho alemão. Pela regra do jogo da Fifa, na Copa, os uniformes devem se diferenciar, além da cor, pelo tom — um time veste claro, o outro escuro. Assim, com o Brasil de canarinho (camisa amarela, calção azul e meias brancas), os visitantes vão de preto e vermelho em listras “flamengamente” horizontais (além de calções pretos e meias nas cores da camisa). Está oficializado na ficha do jogo, no site da Fifa.

Além das fronteiras de Minas Gerais, o segundo uniforme alemão transformou-se num dos sucessos da Copa brazuca. Bem antes do Mundial, passaram a fazer parte da paisagem os brasileiros com a vistosa camisa (mais bonita do que a do homenageado, aliás). A peça virou um must e está esgotada na lojas de material esportivo.

A adversária do Brasil usou rubro-negro uma vez na Copa, na vitória sobre os Estados Unidos (1 a 0, Mueller) em Recife, dia 26 passado. Nas quartas de final, dsexta-feira, contra a França, no Maracanã, contaram com o apoio de parte dos brasileiros.

Agora, não sabem o que os espera, na terra do Galo vingador.
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