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Quinta-feira, 25 de abril de 2024

Notícias | Copa 2014

Fifa recua e diz que investigará filho de vice-presidente que vendeu ingressos

Um dia depois de o diretor de Marketing, Thierry Weil, dizer que não abriria nenhuma investigação, a Fifa voltou atrás neste domingo e anunciou ter pedido uma explicação por escrito ao argentino Humberto Mario Grondona sobre os ingressos que o filho do vice-presidente da entidade, Julio Grondona, admitiu ter revendido a um amigo, e que foram parar no mercado negro.


— Pedimos um esclarecimento ao senhor Humberto Mario Grondona, mas ele ainda não nos respondeu. Deve fazê-lo, talvez, ainda hoje — afirmou a porta-voz da Fifa, Delia Fischer, durante briefing no Maracanã.

Depois, ao GLOBO, Delia Fischer afirmou ser difícil provar alguma coisa contra Humberto.

— Ele sequer está sendo investigado pela polícia — disse.

Humberto havia admitido, em entrevista ao canal argentino por assinatura TyC Sports, ter vendido a um amigo dois dos ingressos que comprou para a Copa. Mas Thierry Weil afirmara, sábado, que Humberto Grondona disse à Fifa ter dado as entradas a um membro da família, em vez de tê-las vendido, e que por isso estava descartada uma punição.

Na entrevista ao canal TyC Sports, Humberto afirmou:

— Sou instrutor da Fifa e tenho quatro ingressos para o primeiro jogo, quatro para o segundo, quatro para o terceiro, quatro para as oitavas, quatro para as quartas, dois para a semifinais e dois para a final e comprei todos por mais de US$ 9 mil. Tenho um amigo que é muito conhecido na Argentina e que queria vir, e vendi a ele alguns ingressos. Ele, por sua vez, deu ingressos a outro amigo. Agora, o que fizeram com as entradas, eu não sei.

Revender ingressos da Copa não é permitido por lei. A porta-voz da Fifa acrescentou que um procedimento foi aberto contra quatro empresas que tiveram ingressos encontrados com cambistas, e que o caso está sendo investigado internamente para determinar se a Relliance (credenciada pela Match Hospitality para venda de pacotes na Índia), a Atlanta Limited (de Dubai e que pertenceria ao cambista franco-argelino Lamine Fofana, preso na Operação Jules Rimet), a Jet Set Sports (para a Rússia, Suécia e Noruega) e a Pamodzi Sports Marketing Nigeria Limited (da Nigéria), serão punidas com descredenciamento.

Delia Fischer contestou as declarações do delegado Fábio Barucke, da 18ª DP, chefe das investigações sobre a máfia dos cambistas, que disse aos jornalistas estar aguardando uma lista de documentos e nomes de estrangeiros que trabalham na operação de ingressos.

— A Fifa está colaborando totalmente com as autoridades, e podemos confirmar que nenhum oficial ou membro do Comitê Executivo da Fifa está sendo investigado, foi contatado ou teve seu nome incluído nesse caso — disse Delia.

Na véspera, Weil também havia questionado a condução das investigações, tanto por Barucke quanto pelo promotor Marcos Kac, da 9ª Promotoria de Investigação Penal.

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