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Quinta-feira, 28 de março de 2024

Notícias | Cidades

Em dois meses, Sinop registra 19 casos de violência contra mulher

Lesão corporal, ameaça, danos e calunia estão entre os 107 casos de violência doméstica e familiar contra a mulher registrados na Delegacia Municipal de Sinop em 2008. Também foram denunciados cinco estupros. Os primeiros dois meses de 2009 já registram 19 casos de violência doméstica e três estupros. Esses são os números oficiais, mais muitas mulheres sofrem caladas e não denunciam. “A pessoa que sofre violência adquire um trauma muito grande que, às vezes, a deixa imobilizada diante do fato. Algumas passam até a acreditar que ser agredida é natural e até se sentem culpadas”, explicou o psicólogo Leandro Teixeira.


Para auxiliar as vítimas de violência contra a mulher a Secretaria de Assistência Social, Trabalho e Habitação mantém o Centro de Referência de Atendimento à mulher. A unidade presta gratuitamente o serviço de orientação jurídica, assistência psicológica e social e encaminhamento para atendimento médico. O agressor que estiver passando por problemas de dependência química ou alcoólica também é encaminhado para tratamento.

“Em breve vamos iniciar um trabalho com monitores para acompanhar as crianças dessas famílias”, disse Valquiria de Carvalho, coordenadora do centro.

De acordo com a coordenadora, muitas mulheres não denunciam por medo, ou por estar sendo chantageadas, oprimidas. “Quando chegam aqui já estão muito abaladas física e psicologicamente e, então, a gente dá um apoio psicológico, emocional e encaminha para tratamento adequado”, contou.
Ela explica que existem vários tipos de violência contra a mulher, como a lesão corporal (agressão física por meio de socos, pontapés, bofetões); o estupro, ameaça de morte. Também tem a violência moral, como calúnia e ofensas verbais que causam dor e humilhação, por exemplo.

Um exemplo dos casos de agressões é Fernanda (nome fictício), que aos 16 anos entrou para as estatísticas de vítimas da violência doméstica. Ela foi esfaqueada pelo padrasto e quase perdeu a vida. Hoje Fernanda convive com graves seqüelas físicas e psicológicas. “A gente não precisa ter medo de denunciar, porque depois a situação pode ficar pior e não ter mais nada pra fazer. Meu padrasto não batia, mas era agressivo e eu não denunciei e olha agora, eu quase morri”.

Após sofrer violência a mulher pode ter além das marcas físicas, várias conseqüências psicológicas, como se tornar agressiva, retraída e até mesmo com medo de se relacionar. “Muitas mulheres passam a acreditar que todo homem vai machucá-la, porque ela confiou em alguém, e foi traída, agredida. Ela precisa buscar apoio, ajuda para superar essa situação”, disse Teixeira. O Centro de Referência a Mulher está localizado na rua Eucalipstos - centro.
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