A Secretaria Extraordinária da Copa do Mundo (Secopa) ainda não apresentou o Projeto Executivo de Drenagem para as obras do VLT (Veículo Leve Sobre Trilhos) na Avenida Fernando Corrêa. A pasta, que já foi notificada quatro vezes por conta dos problemas, tem até o próximo dia 30 para entregar o documento à Prefeitura de Cuiabá. Curiosamente, a secretaria deverá ser extinta um dia depois. Um ano após entrega (registrada  na data de 11/12/2013) a Secopa segue sem apresentar projeto de drenagem para obra de R$ 23 milhões previstas no pacote total de R$ 1,6 bi para instalação do modal. 

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No último dia 15, a Prefeitura de Cuiabá notificou a Secopa e exigiu a entrega do documento. O pedido foi feito após a região do viaduto da UFMT (Jornalista Clóvis Roberto) ficar completamente alagada, no dia 12, depois de uma forte chuva. O local fica há poucos metros da residência do Governador do Estado, Silval Barbosa (PMDB).
 
A assessoria de imprensa da Prefeitura de Cuiabá informou ao Olhar Direto que nenhum documento foi entregue pela Secopa, mas ressalta que eles ainda estão dentro do prazo, já que tinham 15 dias corridos para elaborar o projeto. Vale lembrar que o Prefeito Mauro Mendes (PSB) disse que a implosão do viaduto não está descartada e classificou os problemas como ‘cagadas’.
 
“A Prefeitura já tinha feito algumas observações, já tinha mandado alguns ofícios para a Secopa e ao Consórcio VLT e agora nós vamos endurecer um pouco essa relação. Eles não foram corretos na semana passada quando eles tentaram imputar a nós a responsabilidade de muitas cagadas que eles estão fazendo. Então, a partir de agora, o jogo vai ser muito mais na letra fria da legislação, na letra fria do documento porque eu não vou dialogar se eles estão querendo se esquivar das responsabilidades objetivas deles”, esbravejou o prefeito.
 
O secretário municipal de Obras, Marcelo de Oliveira, alega que: “Desde 2013 estamos cobrando o Projeto Executivo de Drenagem para a Avenida Fernando Corrêa e até agora não o recebemos. Em vistoria no local, constatamos que a drenagem por meio das bocas-de-lobo consideram-se como provisórias, pois não se trata de um projeto definitivo que atenda o escoamento devido na região”.

A obra do viaduto da UFMT (Jornalista Clóvis Roberto) custou R$ 23 milhões aos cofres públicos. Ela tem 428 metros de comprimento e foi construído sobre os entroncamentos das avenidas Brasília, Tancredo Neves, Fernando Corrêa da Costa e a via de acesso ao campus da UFMT. São duas faixas de circulação por sentido para o tráfego geral e a via permanente do VLT. 

Outro lado
 
A reportagem do Olhar Direto tentou entrar em contato com a assessoria de imprensa da Secopa, porém, as ligações não foram atendidas. A pasta deverá ser extinta no próximo dia 31.