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Quinta-feira, 28 de março de 2024

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Obras do VLT podem colocar em risco segurança de pousos e decolagens no Aeroporto de Cuiabá

Foto: Reprodução

Estação foi construída em frente a uma das cabeceiras da pista do aeroporto

Estação foi construída em frente a uma das cabeceiras da pista do aeroporto

As obras do VLT (Veículo Leve sobre Trilhos) na avenida João Ponce de Arruda, em Várzea Grande (região metropolitana de Cuiabá), não estão de acordo com os padrões e poderão interferir na operação de pousos e decolagens do Aeroporto Internacional Marechal Rondon, localizado no município. Os serviços neste local já foram finalizados pelo Consórcio VLT. As informações são do jornal Diário de Cuiabá.


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A avaliação foi feita pelo Departamento de Controle do Espaço Aéreo (Decea), que é vinculado ao Ministério da Defesa e ao Comando da Aeronáutica. O laudo, que foi entregue a extinta Secopa (Secretaria Extraordinária da Copa do Mundo) em setembro do ano passado, reprovou os projetos da Estação Couto Magalhães, de uma subestação de energia de 4.7 megawatts e da rede de catenárias – postes que fornecem energia para os vagões – que ficam próximas a cabeceira da pista do aeroporto.
 
“A Aeronáutica emitiu parecer desfavorável à implantação do trecho norte da infraestrutura para o VLT (...) em função de efeito adverso à segurança e a regularidade das operações aéreas e prejuízo operacional inaceitável”, disse em nota a Aeronáutica. Quando o Decea recebeu os projetos, as obras já estavam em andamento ou concluídas.
 
De acordo com o laudo, as estruturas de alimentação elétrica do novo modal, se mantidas onde estão, irão causar interferências perigosas no sistema conhecido como DME (sistema de rádio que auxilia na navegação aérea durante a aproximação da aeronave no aeroporto). Também foi apontado que a altura das catenárias e da própria estação de passageiros é inadequada.
 
Com isto, a manutenção das construções irá interferir na chamada rampa de aproximação das aeronaves. Para que não haja problemas com os pousos e decolagens, seria preciso deslocar a cabeceira da pista cerca de 300 metros à frente da posição atual. Porém, tal medida reduziria o tamanho da pista em 13%.
 
Através de sua assessoria de imprensa, o Gabinete de Projetos Estratégicos (GPE) informou que aguarda a apresentação de alternativas por parte do Consórcio. Entre as opções, estariam o rebaixamento da fiação e a remoção da estação de passageiros Couto Magalhães e da subestação de energia número 2. O Consórcio VLT não foi localizado para comentar sobre o assunto.

Vale lembrar que várias irregularidades foram constatadas nas obras de implantação do VLT em Cuiabá e Várzea Grande. O Olhar Direto tem publicado diversas matérias relatando os problemas em diversas construções realizadas pelo Consórcio VLT. A estimativa do Governo do Estado é que o novo modal possa custar R$ 1,8 bilhão aos cofres públicos.
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