Dez trabalhos de Educação Ambiental representaram Mato Grosso no VI Fórum de Educação Ambiental promovido pela Rede Brasileira de Educação Ambiental (Rebea), no período de 22 a 25 de julho, no Rio de Janeiro. O fórum teve como tema o “Tratado de Educação Ambiental para Sociedades Sustentáveis e Responsabilidade Global”. Considerado como um dos maiores eventos dedicados à temática no Brasil, o fórum reuniu redes de educação ambiental regionais, locais e temáticas, com a participação de 3.500 educadores ambientais de todos os estados brasileiros.
“Foi um espaço de articulação dos mais diversos atores e segmentos da Educação Ambiental”, avaliou a superintendente de Educação Ambiental (EA) da Sema, Vânia Márcia Guedes. Para ela o evento possibilitou encontros e oportunidades de convivência para diálogos, trocas, aprendizagem e aperfeiçoamento e, serviu para que os sujeitos sociais participassem das discussões que irão, com certeza, reverter em benefício de uma sociedade mais justa e sustentável.
Durante o fórum foram discutidos temas como os princípios que norteiam a Rebea; temas emergenciais no panorama mundial como as questões relacionadas às mudanças climáticas; pressupostos teóricos-metodológicos que embasam os projetos e ações de EA; os 10 anos da Política nacional de EA, entre outros.
Os técnicos de Mato Grosso apresentaram os trabalhos Jardim Medicinal como estratégia de Educação na Atenção Primária Ambiental; Ações de EA nos Parques Mãe Bonifácia e Massairo Okamura; Educação Ambiental para o consumo consciente no âmbito da administração pública;
Proposta metodológica para educação ambiental empresarial na construção de municípios sustentáveis; Diálogo contra o fogo: uma tentativa de diminuir a queima descontrolada no Estado de Mato Grosso; Semana do Meio Ambiente em Mato Grosso – uma proposta de sensibilização para a corresponzabilização na gestão ambiental através da educação ambiental; Projeto Aquabio; Educação Ambiental na campanha da piracema em Mato Grosso; Poder e resistência das mulheres no quilombo de Mata Cavalo.
Durante o evento também foram apresentados trabalhos sobre o “Fórum Mato-Grossense Lixo e Cidadania” – pelas técnicas Solange Fátima de Oliveira Cruz e Terezinha Rodrigues - e o projeto “Fiscal do Meio Ambiente”, de Hélio Gomes.
A coordenadora de Gestão de Resíduos Sólidos da Sema, Solange Cruz, explicou que o trabalho sobre o Fórum “Lixo e Cidadania”, retratou o quanto Mato Grosso – por meio das instituições que compõem o fórum - desenvolve atividades com o objetivo de articular parcerias em torno da gestão compartilhada dos resíduos sólidos no Estado de Mato Grosso.
O Fórum Lixo e Cidadania tem caráter permanente de discussão, proposição, sensibilização e apoio técnico para a gestão dos resíduos sólidos nos Municípios. Solange destaca que esse é um dos trabalhos desenvolvidos pela coordenadoria que além de dedicar-se ao licenciamento também assessora os municípios na resolução dos problemas ocasionados pelos lixões que contribuem de forma significativa para as mudanças climáticas.
A técnica Terezinha Rodrigues destacou a necessidade de inclusão dos catadores no processo, de forma organizada, contribuindo para a melhoria de qualidade de vida dos membros das famílias desses.
INVESTIMENTOS - A mesa redonda “Educação, Meio Ambiente e Sustentabilidade”, contou com a participação do ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc que anunciou investimentos da ordem de R$ 2 milhões, do governo federal, para programas de educação ambiental e a abertura de licitação para a construção de 200 telecentros, que viabilizem a inclusão social por meio da inclusão digital.
Minc comemorou os 10 anos do lançamento do Plano Nacional de Educação Ambiental (PNEA) no Brasil. Ele lembrou que até bem pouco tempo os países não possuíam uma política ambiental para mudanças climáticas e uma política de educação ambiental. Nesse sentido ele destacou a participação dos segmentos federal e estaduais na elaboração das diretrizes da educação ambiental.
Ele falou também sobre as ações do Governo Federal, por meio do Ministério do Meio Ambiente (MMA), nos diferentes biomas e disse que o foco estabelecido para a Amazônia será expandido para os outros biomas brasileiros como o Cerrado, a Caatinga e o Pampa, com monitoramento sistemático até 2010, onde serão feitas revisões e estabelecidas metas de desmatamento para todos os biomas. Todas essas ações, segundo o ministro, terão intensa ligação com a EA e o Plano de Mudanças Climáticas.
Com as mudanças na Diretoria de Educação Ambiental do MMA e o estabelecimento de uma nova gestão, com Claudison Rogrigues, a expectativa dos educadores ambientais é de que haja um descontigenciamento dos recursos para a EA, provenientes do Ministério do Meio Ambiente (MMA). “Assim teremos o fortalecimento de projetos e ações que vinham sendo encaminhados na gestão de Marcos Sorrentino, como os coletivos educadores, salas verdes e a aprovação e fortalecimento do Sistema nacional de Educação Ambiental (SISNEA)”, destacou Minc.
