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Prefeitura de Petrolina fez oferta para comprar trens do VLT de Cuiabá que custaram R$ 500 mi

19 Out 2015 - 17:01

Da Redação - Wesley Santiago/ Da Reportagem Local - Jardel P. Arruda

Foto: Rogério Florentino Pereira/Olhar Direto

Prefeitura de Petrolina fez oferta para comprar trens do VLT de Cuiabá que custaram R$ 500 mi
O secretário de Cidades, Eduardo Chiletto, revelou que a prefeitura de Petrolina (PE) fez uma oferta para comprar o material rodante do VLT (Veículo Leve sobre Trilhos) de Cuiabá. A declaração sobre a proposta de negócio aconteceu nesta segunda-feira (19), na Comissão de Infraestrutura da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT). Ainda conforme o gestor, a garantia dos trens termina em novembro deste ano. Ao todo, os 40 vagões do novo modal custaram R$ 497.990.000,00 aos cofres públicos.


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Atendendo a um pedido requerido pelo deputado Emanuel Pinheiro (PR), o secretário esteve na Sala das Comissões da ALMT prestando informações a respeito das obras do VLT. Lá, ele informou que a prefeitura de Petrolina (PE), a qual também implantará o modal, fez uma oferta para comprar o material rodante de Cuiabá: “Houve uma reunião e eles demonstraram a intenção de comprar”, declarou o gestor da pasta.

O secretário ainda explicou que nem chegou a conversar sobre valores com os representantes de Petrolina. “Eu nem quis saber disso. Não posso negociar. Só se o contrato com o Consórcio fosse rescindido totalmente”, explicou Eduardo Chiletto.
 
Também foi informado que a garantia do material rodante com a CAF Brasil, empresa responsável pela fabricação dos trens, termina em novembro deste ano: “Ou renovamos, ou perdemos esse material”, declarou Chiletto. Em julho, durante uma inspeção da Secretaria de Cidades (Secid) foram localizados vagões pichados e alvos de vandalismo. O Consórcio foi notificado para restaurar o material.
 
Antes de ouvir as perguntas dos deputados, Chiletto também fez uma análise geral de como o governo encontrou as obras e o que fez até agora. As primeiras composições do VLT começaram a chegar à Cuiabá em novembro de 2013. Na ocasião, o ex-governador Silval Barbosa (PMDB), fez inclusive um ‘desfile’ de carro aberto para mostrar à população os novos trens. Os últimos, dos 40 vagões, chegaram à capital mato-grossense em junho de 2014, pouco antes do início da Copa do Mundo. Ao todo, foram pagos R$ 488.050.000 (98%), dos R$ 497.990.000,00 previstos em contrato.
 
VLT de Petrolina
 
O VLT na cidade pernambucana custará cerca de R$ 117 milhões, sendo que R$ 83 milhões serão para o VLT e R$ 29 milhões para a pavimentação e qualificação de vias urbanas. O projeto inicial prevê quatro vagões para um trajeto de 4,8 quilômetros. Serão cinco estações e dois terminais centrais, sendo divididos em Estação Central, Rodoviária, Sementeira, Ceape, Parque de Integração, Vila Verde e Pedra Linda.
 
Trens de Cuiabá
 
Ao todo são 40 veículos, sendo que cada trem possui aproximadamente 44 metros de comprimento. Ele é composto por sete módulos, com capacidade para transportar até 400 pessoas (por veículo), sendo 77 sentadas. Todos eles foram importados da Espanha e chegaram de navio até o porto de Santos, depois foram transportados em carretas até a capital mato-grossense.
 
Obra parada
 
A Justiça suspendeu por quatro meses as obras do VLT para que um estudo seja finalizado pelo Executivo. Com isto, os trabalhos só devem ser retomados em 2016. A previsão é que o trem sobre trilhos não fique pronto antes de 2018. Ao todo, já foram gastos mais de R$ 1 bilhão com as obras. O projeto estava orçado em R$ 1,47 bilhão e pode ultrapassar os R$ 2 bilhões com as correções.
 
Enquanto isso, os vagões seguem parados no Centro de Manutenções de Várzea Grande, onde ficam expostos a intempéries. Os vagões foram feitos para durar pelo menos 30 anos. Porém, com o atraso na implantação do novo modal, o ‘prazo de validade’ vai expirando mesmo sem o VLT estar funcionando a serviço da população.
 
Projeto
 
O modal terá dois eixos, Aeroporto-CPA e Centro-Coxipó, e será implantado no canteiro central das avenidas João Ponce de Arruda e FEB, em Várzea Grande; XV de Novembro, Tenente Coronel Duarte (Prainha), Historiador Rubens de Mendonça, Coronel Escolástico e Fernando Corrêa da Costa, em Cuiabá, totalizando 22 km de extensão.
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