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Quarta-feira, 24 de abril de 2024

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COP 21

Taques aproveita conferência em Paris para “vender” MT e assina compromisso para conter aquecimento global

Foto: José Medeiros/GCom-MT

Taques aproveita conferência em Paris para “vender” MT e assina compromisso para conter aquecimento global
Pedro Taques (PSDB) está em Paris para participar da Conferência do Clima (COP 21), mas quer trazer mais coisas na bagagem. O governador de Mato Grosso apresentou a meta ousada de acabar o desmatamento ilegal no estado até 2020, aumentando a produção agrícola, e está aproveitando o encontro com lideranças globais para tentar trazer investimentos a Mato Grosso.


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No domingo,  o tucano se reuniu com o diretor da Tropical Forest Alliance 2020, Marco Albani, organização que reúne grandes empresas do mundo inteiro interessadas em promover a redução do desmatamento ilegal a partir da compra responsável de matéria-prima.
  
“Mato Grosso tem feito seu dever de casa. Nos últimos 10 anos reduzimos nosso desmatamento ilegal, também apresentamos aqui na COP 21 a meta ousada de acabar com o desmatamento ilegal até 2020. Mas nós não vamos parar de produzir, pelo contrário, vamos aumentar nossa produção de forma responsável, com aporte de tecnologia. Queremos mostrar que comprar de Mato Grosso é socialmente e ambientalmente bom. Sabemos que as empresas vendem não só produtos, mas conceitos. E conceitualmente Mato Grosso é um estado responsável socioambientalmente”, propagandeou.
 
Pedro Taques apresentou os potenciais de Mato Grosso e destacou que mesmo com todos os avanços por ele listados, não só por parte do Estado, mas com a contribuição decisiva do próprio setor produtivo que está também inserido na agenda mundial de preservação ambiental, algumas marcas ainda não compram produtos mato-grossenses em razão de Mato Grosso abrigar parte da Amazônia legal, onde apesar dos esforços empregados ainda persiste o desmatamento ilegal.
 
O diretor da Tropical Forest Alliance convidou o governador para mostrar as iniciativas do Estado na próxima convenção do grupo, criando diálogo direto com as empresas. “As empresas que compõem a Tropical Forest Alliance, como Unilever e Marks & Spencer, estão comprometidas a investir em jurisdições com planos ambiciosos para proteger o meio ambiente e com uma produção responsável. E nós queremos ajudar a estruturar parcerias público-privadas, entre finanças públicas internacionais e governos nacionais e subnacionais, e o projeto de Mato Grosso está na linha do que estamos desenvolvendo”, afirmou o diretor.
 
De acordo com a assessoria de imprensa do Palácio Paiaguás, o governador lembrou ainda que a estratégia de Mato Grosso para a redução do aquecimento global apresentada na COP 21 inclui também a ampliação da produção, com maior aproveitamento das áreas já abertas.
 
Mato Grosso apresentou na Conferência do Clima uma estratégia que inclui produzir, incluir e preservar. No campo produzir, o Estado propõe, junto com a iniciativa privada, substituir 6 milhões de hectares de pastagem de baixo rendimento por cultivos de alta produtividade, sendo 3 milhões de hectares para grãos, 2,5 milhões de hectares para pecuária e 500 mil hectares para floresta plantada. Além disso, quer alcançar 6 milhões de hectares de floresta nativas sob manejo florestal sustentável.
 
Tropical Forest Alliance
 
Tropical Forest Alliance 2020 é a parceria global que reúne governos, setor privado e organizações da sociedade civil para remover o desmatamento a partir de óleo de palma, carne, soja e celulose e papel. O grupo pretende conseguir isso através da compra responsável das principais commodities agrícolas, incluindo carne bovina.

Assinatura - Ainda no domingo, na Embaixada dos Estados Unidos, em Paris, o Under 2 MOU (Memorando de Entendimento) se comprometendo com ações para conter o aquecimento global. O grupo de signatários deste memorando congrega 57 estados subnacionais de 20 países, dos quais 15 estão reunidos na Conferência do Clima (COP21) na França. No Brasil, integram a lista Acre e agora Mato Grosso.

Cada signatário do MOU se compromete a limitar a emissão de gases do efeito estufa com menos de 2 toneladas per capita até 2050, com a expectativa de que com esta redução seja possível limitar o aquecimento global para menos de 2 graus celsius até o final deste século. Entre as principais propostas do documento estão: focar na atenção internacional para as ações e metas ambiciosas de redução dos líderes climáticos; demonstrar o impacto coletivo dessas ações e compromissos entre os estados, regiões, cidades e países; e mostrar a diversidade de abordagens para reduzir as emissões.

Pedro Taques falou em nome de todos os governadores sobre a estratégia de Mato Grosso para contribuir com a redução do aquecimento global. Com uma área de 900 mil km², o Estado mantém 60% do seu território preservado. "Nós de Mato Grosso, e do Brasil, já estamos contribuindo muito, mas queremos e podemos contribuir mais. Isso, é claro, com a ajuda externa, pois ainda temos problemas graves para serem solucionados. Assino este memorando de entendimento hoje não como um chefe de estado, mas como representante do meu povo, que também entende a importância da preservação ambiental. Aqui não somos brasileiros, americanos ou franceses. Somos pessoas preocupadas com o futuro da humanidade".
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