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Quinta-feira, 28 de março de 2024

Notícias | Economia

Ministros preveem que economia começará a reagir

O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Miguel Jorge, avaliou que foi expressiva a queda de 3,6% do PIB brasileiro no quarto trimestre do ano passado em relação ao trimestre anterior. Mas o ministro afirmou que deve haver uma recuperação da economia a partir de agora. "A partir de março, começaram a surgir sinais de melhora em vários setores. Tenho levado essas informações ao presidente Lula", disse Miguel Jorge à Agência Estado. Segundo ele, a recuperação começou pela indústria automotiva, mas vários setores já estão revisando "para cima" os seus investimentos.


Ele contou que esteve ontem em São Paulo com o empresário Rubens Ometto, da Cosan, que anunciou investimento de R$ 1,2 bilhão para construção de uma ferrovia, para escoamento da produção de açúcar, ligando o interior paulista ao Porto de Santos. "Era esperado uma redução dos investimentos até porque o pé no freio que se colocou em dezembro foi muito forte. Houve muita revisão de investimentos previstos e agora está havendo uma revisão dos investimentos para cima", disse o ministro.

Miguel Jorge, no entanto, acredita que a meta de expansão do PIB de 4% para este ano não deverá ser atingida. Segundo ele, é um número bastante otimista que foi calculado no ano passado, quando a crise não era tão profunda. Ele disse que a previsão do seu ministério é de que o PIB cresça entre 2% e 2,5% em 2009. O ministro acredita que o resultado do PIB no primeiro trimestre ainda será ruim, como resultado do impacto da crise em dezembro.

Ele lembrou que houve um carregamento de estoques muito forte em vários setores da indústria e que o mês de fevereiro foi atípico porque teve menos dias úteis que em 2007. "O que ajuda a piorar os resultados", afirmou. O ministro acredita que a partir de março começará uma recuperação lenta e gradual da economia brasileira.

Ao ser questionado sobre eventuais medidas que o governo pode adotar para aquecer a economia, Miguel Jorge disse que o grande problema neste momento ainda continua sendo a escassez de crédito. "Ainda está escasso, muito caro e com prazo curto. Acho que o sistema financeiro precisa começar a contribuir para isso, participar desse processo de recuperação industrial produtivo".

Choque

A ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, disse que o governo já esperava a queda do PIB no quarto trimestre de 2008. "Nós estávamos esperando que o quarto trimestre de 2008 fosse de fato um choque, resultado de um choque de crédito muito grande para o Brasil e de uma proliferação de expectativas negativas, algumas, até injustificadas", afirmou Dilma.

Em entrevista no final da manhã, depois de participar de palestra no seminário "Mais Mulheres no Poder", em Brasília, Dilma fez um prognóstico otimista para o crescimento da economia nos próximos meses. "Nós consideramos que o primeiro trimestre de 2009 será um pouco melhor. E estamos projetando para o segundo semestre uma melhora do crescimento", afirmou.

A título de exemplo, Dilma citou o setor automobilístico. "Agora, visivelmente, já temos alguns indícios de que houve uma melhora, revertendo completamente a tendência, embora ainda haja setores deprimidos", afirmou. "Vejam vocês o caso da indústria automobilística, que houve um brutal corte de produção: esse corte se tornou uma desova de estoque, e na prática a desova está se reduzindo. Agora, num segundo momento, esse processo está sendo metabolizado. A própria indústria está tendo problemas de fornecimento de veículos. Está tendo até filas", afirmou.



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