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Sexta-feira, 19 de abril de 2024

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PIB tem queda de 3,6% no 4º trimestre, a maior desde 1996

O Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro ficou 3,6% menor no último trimestre de 2008, na comparação com o período imediatamente anterior, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A queda foi a maior desde o início da série, iniciada em 1996.

No acumulado do ano, no entanto, o PIB cresceu 5,1% e chegou a R$ 2,9 trilhões. O IBGE também revisou para cima o crescimento do PIB de 2007, para 5,7%. Na comparação com o quarto trimestre de 2007, a economia brasileira registrou expansão de 1,3%.

A maior influência para a queda registrada no quarto trimestre frente ao trimestre anterior veio da indústria, que "encolheu" 7,4%, no maior recuo desde o período de outubro a dezembro de 1996, quando a queda foi de 7,9%. Na agropecuária, a queda foi de 0,5%, enquanto o setor de serviços recuou 0,4% no último trimestre de 2008, frente ao mesmo período do ano anterior.

Na comparação trimestral, os investimentos das empresas e o consumo das famílias também registraram recuos. A formação bruta de capital fixo teve queda de 9,8%, a maior da série do IBGE. Já o consumo das famílias ficou 2,0% menor, na primeira queda desde o segundo trimestre de 2003.

Exportações e importações de bens e serviços também caíram, 2,9% e 8,2%, respectivamente, na primeira queda desde 2005. Já a despesa de consumo da administração pública cresceu 0,5%.

PIB anual

Em 2008, o PIB a preços de mercado acumulado cresceu 5,1% em relação a 2007. Com isso, o PIB per capita atingiu R$ 15.240, segundo os dados do IBGE, um crescimento de 4% frente ao ano anterior.

Entre os setores, a agropecuária foi a atividade com maior crescimento no ano passado, de 5,8%. Os destaques positivos na produção agrícola do ano foram: trigo (47,5%), café em grão (25,0%), cana (19,2%), milho em grão (13,3%), arroz (9,7%), feijão (5,0%) e soja (3,4%).

A indústria fechou o ano com alta de 4,3%, com destaque para a construção civil (8,0%). Em seguida, veio a eletricidade e gás, água, esgoto e limpeza urbana (4,5%). A extrativa mineral subiu 4,3%, em decorrência, principalmente, do crescimento anual de 5,2% na produção de petróleo e gás e de 1,9% na produção de minério de ferro. A indústria da transformação apresentou elevação de 3,2%.

No setor de serviços, que registrou crescimento de 4,8%, as maiores altas vieram dos subsetores de intermediação financeira e seguros (9,1%), serviços de informação (8,9%) e comércio (6,1%).

Consumo das famílias cresce pelo quinto ano

Na análise da demanda, a despesa de consumo das famílias registrou seu quinto ano consecutivo de alta, de 5,4%. A formação bruta de capital fixo cresceu 13,8% frente a 2007, no maior crescimento anual desde 1996.

No setor externo, as exportações de bens e serviços tiveram queda de 0,6% e as importações de bens e serviços elevação de 18,5%.

A taxa de investimento no ano de 2008 foi de 19,0% do PIB, a maior desde o início da série iniciada em 2000. Já a taxa de poupança alcançou 16,9% do PIB, inferior à taxa apresentada nos quatro anos anteriores.

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