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Quinta-feira, 28 de março de 2024

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Pio diz que sua principal meta é renovar a Ordem

Enquanto os principais líderes da oposição ao atual presidente da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), Francisco Faiad, seguem indefinidos com relação à definição de candidaturas, o avogado Pio da Silva anunciou, em entrevista para o Olhar Direto, que vai disputar a sucessão na entidade na condição de oposicionista.



Segundo ele, a intenção é de renovar a Ordem com idéias ousadas e sem o apoio dos ‘caciques’ da OAB.

Sem apoio de nomes conhecidos (com raras exceções), ou de qualquer advogado que ocupa ou que tenha ocupado algum cargo na Ordem, ele afirma que os “caciques da Ordem consideram uma afronta o lançamento de sua candidatura. 

"A minha candidatura é de raiz", enfatiza, observando que vem articulando, nos batidores, há mais de um ano.

“Nas últimas reuniões, eu reuni mais de trezentos advogados. Minha aceitação é grande e tenho plenas condições de vencer essas eleições”, ratificou, ao ser questionado a respeito da viabilidade de sua candidatura.

Para ele, a atual gestão obteve 60% dos votos no ultimo pleito e terá os votos divididos pela metade devido a dissidência de João Vicente Scaravelli, atual presidente da Caixa Assistência da Ordem. O outro candidato é Cláudio Stábile, que tem apoio incondicional de Faiad.

O advogado também não descarta uma aproximação com o Movimento OAB Democrática. Ele contou que já fez visitas a Renato Nery, Eduardo Mahon e João Celestino. “Estamos trocando idéias, nos conhecendo”, afirmou.

Inovador, Pio traz a curiosa proposta de ceder 50% dos cargos da chapa para mulheres, tal como o de vice-presidente. Segundo ele, nada mais justo, já que o eleitorado feminino compreende uma quantia equivalente a metade dos profissionais no Estado.

Outra bandeira do candidato é o auxilio ao jovem advogado. Ele argumenta que a atual gestão não confere o apoio necessário ao jurista recém formado. Uma das propostas de auxilio seria reduzir a anuidade para esta parcela da classe, além de ampliar o amparo a aquisição de qualquer item de escritório ou para o transporte do profissional.

O advogado também defende a redução da clausula de barreira – dispositivo que impede advogados com menos de cinco anos de profissão concorrer a algum cargo na OAB – para apenas um ano. De acordo com ele, não é justo que cerca de metade da classe não possa participar do conselho responsável por ampará-lo.

Apesar de nunca ter ocupado um cargo na Ordem, Pio conta que já foi convidado em várias gestões, inclusive pelo atual presidente da instituição.

Atuando como advogado há mais de dez anos, ele considera chegada à hora de assumir o projeto que vem trabalhando há mais de um ano. “Preencho todos os requisitos para isso e, em minhas reuniões, já conto com o apoio de muitos advogados”.

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