Único vereador a votar pela não cassação de Ralf Leite (PRTB) nesta quinta-feira (6), Lutero Ponce (PMDB) questionou a maneira com a votação foi realizada, aberta, alegando falta de conformidade com a Constituição Federal. A votação, que resultou na cassação de Leite, ocorreu em decorrência de um processo por quebra de decoro parlamentar de Ralf, surpreendido com um travesti menor de idade.

“Voto pelo voto fechado seguindo a Constituição, porque é a Constituição que protege a todos vocês, a Câmara e a todos nós”, alegou o peemedebista na tribuna. Ele afirmou que, quando chega um projeto ao plenário é dado um parecer de que ele não é constitucional, ele é rejeitado.

“Nessa hora vale (a Constituição Federal), e nós aceitamos. E, agora, por um momento, não vale. Eu entendo que exista a pressão popular, mas a mudança tem que ser feita com base na lei maior”, argumentou.

Ponce também justificou sua posição pelo voto fechado, pois o método evitaria mudanças posteriores na decisão. “E para não ter risco do vereador Ralf leite, depois do resultado, se cassado, poder ir mais uma vez na justiça e anular o que foi decidido, é que eu voto a favor de uma votação fechada”.

Os outros vereadores que também se posicionaram a favor do voto secreto foram o próprio Ralf Leite (PRTB) e Júlio Pinheiro (PTB).