Em uma tentativa de demonstrar tranquilidade quanto às graves acusações que pesam sobre si, sobretudo um rombo financeiro de R$ 7,4 milhões, o ex-presidente da Câmara Municipal de Cuiabá, Lutero Ponce (PMDB), disse que a Comissão Processante montada para apurar o caso "vem a seu favor". “Eu não fui prejudicado, eu estou sendo ajudado com a abertura da Comissão”, afirmou.

Ele declarou que nunca foi contra a abertura da comissão e ressalta que o processo já foi aberto aberto e encaminhado ao Ministério Público. “A justiça tem muito mais competência para julgar isso. E a Câmara ainda vai ficar um bom tempo nesse foco, deixando de fazer o principal papel dela que é legislar e fiscalizar”, pontua o vereador.

Apesar de insistir que o caso deveria ficar apenas na justiça, Lutero afirma que, ao mesmo, está tranqüilo. “É uma maneira de eu provar as injustiças que estão sendo jogadas contra mim”.

O peemedebista também comentou que o resultado da votação, pela abertura ou não na Comissão Processante, foi muito mais uma jogada partidária que a vontade própria dos vereadores. “Quem se posicionou foram os partidos, e não os vereadores e, com a questão de fidelidade partidária, os encaminhamentos foram seguidos”.

Sobre os vereadores escolhidos para a Comissão (Francisco Vuolo (PR), presidente, Lúdio Cabral (PT), relator, e Lueci Ramos (PSDB), membro titular), Lutero afirmou que todos têm boa representatividade e que poderão fazer todos os trabalhos com a maior transparência possível. “Tenho certeza que eles vão dar o direito de defesa que até agora eu não tive”, enfatiza.