MADRI (Reuters) - O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, encontrou o rei da Espanha e o primeiro-ministro interino, Mariano Rajoy, neste domingo, mas a viagem que pretendia mostrar solidariedade com a Europa foi ofuscada por eventos violentos nos Estados Unidos.

A visita a Espanha é a primeira de Obama como presidente. Autoridades da Casa Branca disseram que era importante para Obama fazer a viagem por que a Espanha, que está sem um governo funcionando desde dezembro, era a o maior país europeu que ele não havia viajado como presidente.

Obama pretendia passar dois dias na Espanha depois de participar de uma reunião da Otan em Varsóvia onde Estados Unidos, Espanha e outros aliados prometeram manter a união diante de ameaças da Rússia e o voto do Reino Unido para deixar a União Europeia.

Mas depois que um atirador matou cinco policiais em Dallas na quinta-feira na sequência de tiroteios fatais de dois homens negros pela polícia em Louisiana e Minnesota, a Casa Branca cortou a viagem para que Obama pudesse ir para Dallas.

Ao discursar ao lado do rei Felipe no palácio real de Madri, Obama disse que gostaria de ficar mais na Espanha.

"Nós tivermos uma semana difícil nos Estados Unidos, então minha viagem será um pouco abreviada mas eu acho que era muito importante eu estar aqui, dado a extraordinária amizade e aliança entre Espanha e Estados Unidos", disse ele.

Obama disse que queria ver uma Espanha "estável", mas a relação entre os dois países não depende de qual partido estiver no poder. Ele se encontrou com líderes dos três maiores partidos de oposição, disse a Casa Branca em comunicado.

Obama também falou sobre a violência em Dallas, alertando que ataques da polícia com viés racial afetaria o movimento Black Lives Matter.

(Reportagem adicional de Maria Vega Paul)