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Mulher é assassinada a tiros em Magé

13 Jul 2016 - 18:07

Rafael Nascimento / Gustavo Goulart, O Globo

Pré-candidata a vereadora do município de Magé, na Região Metropolitana, Aga Lopes Pinheiro, de 49 anos, foi executada a tiros na noite de terça-feira num bar no fim da Rua Inhainha, onde mora, no bairro Barbuda. De acordo com delegado adjunto da Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF) Evaristo Pontes, responsável pela investigação, não há dúvida de que houve uma execução.


— Quatro homens participaram do crime. Ainda é muito cedo para afirmar qualquer coisa, mas podemos dizer que houve uma execução. Nada foi roubado. Sete estojos de balas foram recolhidos no local. São de pistolas calibres .380, .40 e 9mm. — disse o delegado.

Este foi o décimo primeiro político assassinado na Baixada Fluminense nos últimos nove meses. Os primeiros crimes aconteceram em novembro do ano passado. Foram assassinados o vereador Darlei Gonçalves Braga (PTB), em Paracambi; e o pré-candidato Luciano Nascimento Batista, em Seropédica. Em dezembro foram executados os pré-candidatos Nelson Gomes de Souza (PSC), em São João de Meriti; e o ex-vereador Marco Aurélio Lopes (DEM), em Paracambi, entre outros casos.

— Não há dúvida que esse fato nos chama atenção. Mas ainda não podemos afirmar que todos os crimes tiver motivação política — comentou Pontes. — O local do crime de onde é humilde, não há câmeras de segurança.

Aga também era presidente da Associação de Moradores da Barbuda. A polícia investiga se a ligação desse crime com o assassinato do marido dela ocorrido há dois anos. O delegado disse que a polícia não descarta nenhuma hipótese, nem mesmo se tem a ver com uma suposta dívida com bandidos do local.

Uma mulher que disse ser amiga da vítima contou ao GLOBO como foi o crime:

— Eles (Aga e o marido) estavam sentados em um bar, no final da rua da casa onde moram. (Criminosos) chegaram atirando na direção dela. O marido conseguiu se salvar — disse a amiga da vítima, que, com medo de sofrer represálias, pediu para não ser identificada.

De acordo com a Polícia Militar, a corporação foi acionada pouco antes das 23h. Quando chegaram, o corpo da vítima estava no local do crime. Os agentes da DH fizeram a perícia.

O marido da vítima não sofreu ferimentos. Policiais isolaram a área do crime para os trabalhos periciais, antes de remover o corpo da mulher do local encaminhá-lo para o Instituto Médico-Legal (IML).

Ainda conforme relatou a amiga da vítima, o bairro é muito perigoso.

— Ela era envolvida com política em incomodava os bandidos que existem no local. Não gostava de bagunça no local que ela tomava conta — afirmou a mulher que completou: — se tivesse ponto de venda e drogas ou tráfico ela batia de frente.

Em sua página em uma rede social, Aga costumava questionar a falta de água em localidades como Barbuda, Canal, Vila Olímpia, Jardim Esperança e Vargem Alegre, em Magé.

"Essa foi a primeira iniciativa do povo de demonstrar sua revolta contra o descaso das autoridades CEDAE, no fornecimento de água de nossa cidade", postou ela.

Apesar do relato da testemunha, ainda não há informações sobre a motivação o crime. Os bandidos conseguiram fugir

 
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