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Investimento de R$ 5 mi, reformas e forte segurança: o QG dos EUA no Fla

26 Jul 2016 - 01:20

Tiago Leme e Guilherme Costa Rio de Janeiro, Globo Esporte

No mesmo dia em que a nova piscina do clube foi inaugurada, a diretoria do Flamengo fez questão de destacar o legado que os sócios rubro-negros terão com a parceria firmada com o Comitê Olímpico dos Estados Unidos (USOC) para os Jogos de 2016. Com investimento total de R$ 5 milhões em reformas de ginásios e compra de equipamentos, além de um programa de marketing e troca de conhecimentos, os americanos montaram um "quartel general" na sede da Gávea para ser o local de treinamentos durante a competição. Com um forte esquema de segurança para receber centenas de atletas de 13 modalidades, o comitê dos EUA vai limitar acessos e mudar a rotina de funcionamento do clube carioca.


A partir desta semana e até o final da Olimpíada do Rio de Janeiro, praticamente metade da área da Gávea ficará sob responsabilidade dos americanos, que montarão barreiras de fiscalização em determinados pontos e só permitirão a entrada de pessoas credenciadas por eles. Nem mesmo funcionários do Flamengo poderão entrar nas instalações cedidas no acordo feito. Apesar de o USOC não divulgar o esquema de segurança montado, o espaço do QG americano foi minuciosamente analisado, agentes devem ficar espalhados pelas ruas próximas, e o estado de alerta será constante inclusive por causa da preocupação com o terrorismo.

Um mapa de aviso distribuído aos sócios mostra as alterações no funcionamento, restrições e as proibições de circulação durante este período. Entre os locais de uso exclusivo dos atletas dos EUA, estão os ginásios de basquete, de vôlei, de ginástica artística, o campo de futebol (que será usado para rugby), quadra de vôlei de praia, academia e sala para judô.

- Em 2013, no início do nosso mandato, foi encontramos um contrato com o Comitê Olímpico Americano, mas os termos naquela época eram ruins para o Flamengo. Teríamos quase que entregar o clube para eles como se fosse um aluguel, mas sem contrapartida nenhuma deles. Quase que rompemos o contrato, mas conseguimos negociar e no fim acabou sendo ótimo, fizemos uma parceria muito melhor, vantajosa para o Flamengo. Antes o acordo era exclusivo, agora não é mais, tanto que os britânicos e alguns russos também vão treinar aqui na Gávea. Com o novo acordo, multiplicamos por quatro vezes o valor original do contrato. E além das reformas e equipamentos novos, a parceria também envolve a troca de experiência. Uma equipe do Flamengo vai passar uma semana com eles lá nos Estados Unidos, temos muita coisa para aprender com os americanos em vários aspectos - explicou Alexandre Póvoa, vice-presidente de esportes olímpicos do Fla, citando o contrato inicial assinado em 2011 pela gestão da ex-presidente Patrícia Amorim e renegociado depois que Eduardo Bandeira de Mello assumiu o cargo.


As modalidades dos Estados Unidos que treinarão na Gávea são badminton, basquete, ginástica, judô, levantamento de peso, natação (mar aberto), pentatlo moderno, remo, rugby, futebol, tênis de mesa, triatlo e vôlei de praia. O país também terá outras bases no Rio, como a Escola Naval, por exemplo, que receberá o atletismo. As principais melhorias feitas na sede do Rubro-Negro com a verba financeira dos estrangeiros foram um novo sistema de ar condicionado nos ginásios, troca da iluminação, pintura, instalação de novo piso, modernização dos vestiários e a compra de equipamentos modernos esportivos, de preparação física e fisioterapia.

Além dos americanos, o Flamengo também vai receber nos Jogos Olímpicos a Grã-Bretanha, que vem com uma delegação menor para o local, apenas cinco modalidades, mas também investiu R$ 1 milhão em reformas. Somando os dois países, serão cerca de 200 atletas internacionais na Gávea. A nova piscina olímpica também ficará à disposição dos estrangeiros, será o único lugar compartilhado entre os dois Comitês, e os sócios não poderão utilizá-la por enquanto. Por causa do acordo, as aulas das escolinhas de esporte do clube serão suspensas. Por outro lado, as piscinas sociais, sauna, quadras de tênis e campo de futebol society permanecerão abertas normalmente aos sócios, já que não serão usadas pelos americanos e nem pelos britânicos.

- Claro que a vida do clube não vai ser normal neste período, os sócios vão ter certa limitação, mas o legado que vai ficar para eles é enorme. O Comitê Olímpicos dos Estados Unidos vai trazer sua própria equipe de segurança, sabemos que existe uma preocupação grande quanto a isso. Mesmo assim, é possível que em alguns treinos os sócios possam assistir durante um tempo. Mas são os americanos que decidem isso, quem vai poder entrar ou não - disse Póvoa.


O valor investido pelo Comitê Olímpico dos Estados Unidos no Flamengo foi de R$ 5 milhões, o que representa 27% do investimento total de R$ 18 milhões feito em infraestrutura e equipamentos nos esportes olímpicos do clube nos últimos três anos e meio. O restante do dinheiro veio de projetos de leis do incentivo, patrocínios e do próprio caixa flamenguista. Juntando tudo, incluindo despesas físicas e operacionais, o investimento neste setor do Fla foi de R$ 78 milhões desde o início de 2013 até agora.

Além de receber americanos e britânicos, a Gávea terá um espaço no prédio principal destinado à empresa de auditoria Ernst Young durante a Olimpíada. Já o Ninho do Urubu, centro de treinamento de futebol, estará à disposição das seleção da Argentina, e recebeu R$ 250 mil do Comitê Rio 2016 para a reforma de campos e vestiários.

 
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