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Quinta-feira, 28 de março de 2024

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Padre teria sido obrigado a se ajoelhar para ser morto

Foto: Reprodução de vídeo

Padre teria sido obrigado a se ajoelhar para ser morto

O padre Jacques Hamel, degolado durante o ataque a uma igreja na Normandia, foi descrito como uma pessoa querida e um homem de paz, que trabalhava em conjunto com a comunidade muçulmana em Saint-Etienne-du Rouvray. Nesta terça-feira, dois homens relacionados ao Estado Islâmico invadiram o templo, mataram o sacerdote e feriram gravemente um outro homem. De acordo com uma testemunha, o padre foi obrigado a se ajoelhar antes de ser assassinado.

Jacques Hamel, de 86 anos, era padre auxiliar da paróquia de Saint-Etienne e celebrava a missa no momento do ataque. Nascido em 1930 em Darnétal, en Seine-Maritime, ele fora ordenado em 1958 e, embora pudesse ter se aposentado aos 75, “se sentia forte para continuar a trabalhar”, contou o abade Auguste Moanda-Phuati.

— Na minha ausência, era ele o responsável (pela paróquia) . Era um padre corajoso — disse à imprensa francesa o abade, um congolês que estava em férias em seu país natal e que está regressando à França.

O padre estava na paróquia há dez anos. Ao ser perguntado se ia se aposentar, Hamel costumava responder, rindo:

— Já viu um padre se aposentar? Vou trabalhar até meu último suspiro.

O padre Hamel trabalhava ainda de forma próxima com a comunidade muçulmana, principalmente após os últimos atentados na França. Segundo relatos, os terroristas se filmaram pregando em árabe no altar no momento do ataque.

— Nossas comunidades religiosas trabalhavam frequentemente juntas. Nos últimos 18 meses, após o início dos ataques, tínhamos reuniões e nos comunicávamos muito — contou Mohammed Karabila, presidente do Conselho Regional de Culto Muçulmano na Normandia. — Era um homem de paz.

Karabila afirmou que "os terroristas querem jogar uma comunidade contra a outra". Ele anunciou que um minuto de silêncio pelo padre nesta quarta-feira na igreja por iniciativa da comunidade muçulmana.


 

Frequentadores da igreja o descreveram como “caloroso, simples e de vida modesta”. Era conhecido na comunidade local e “muito querido”.

O Papa Francisco expressou “dor e horror” por este “assassinato bárbaro”, indicou o Vaticano em um comunicado. “Estamos particularmente abalados por esta violência horrível ocorrida em uma igreja, um lugar sagrado no qual se anuncia o amor de Deus”, afirma a nota.

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