27 Jul 2016 - 12:15
G1
Foto: Reprodução/ TV TEM
A promotoria da Infância e Juventude de São José do Rio Preto (SP) investiga o caso de exploração sexual e também a aliciadora, que seria namorada de Abner Calixto, acusado de matar o delegado Guerino Solfa Neto, em junho, em Rio Preto.
Ela conta que a mãe usa drogas e a expulsou de casa no começo do ano. Por isso, foi morar na casa do namorado, em Ipiguá, cidade com cerca de 5 mil habitantes. Mesmo com o fim do relacionamento, ela continuou na casa, mas foi obrigada pela mãe do rapaz a fazer programas como forma de pagamento pela moradia. “Ela disse: 'Não vai dar para você comer nas minhas costas, bebendo, vivendo as minhas custas não'. Aí eu falei: 'Mas eu não trabalho, o que você quer que eu faça?' Ela pegou e falou assim: 'Você vai se prostituir junto comigo'. Aí eu pensei: 'vou morar na rua', fiquei sem chão. Então, aceitei a proposta dela”, afirma.
Segundo a adolescente, os encontros eram marcados pelo celular da aliciadora. A maioria dos encontros teria acontecido em um motel às margens da BR-153, entre Onda Verde (SP) e Ipiguá.
A aliciadora tem 38 anos e também faz programas, de acordo com a menor. De acordo com a investigação, ela é namorada de Abner Calixto, o acusado de matar o delegado Guerino Solfa Neto, em junho. Ele cumpria pena por outros crimes no Centro de Detenção Provisória (CDP) de Rio Preto quando começou a ter um caso com ela.
A adolescente conta que quando descobriu o envolvimento do namorado da aliciadora com a morte do delegado, ficou assustada e disse que queria ir embora, mas foi agredida. “Falei que não quero fazer mais e ela começou a me agredir, disse que não ficaria mais na casa dela. Aí saí nervosa da casa e resolvi pedir ajuda”, afirma.
Lista de clientes
Uma moradora da cidade levou o caso para o Conselho Tutelar, que denunciou à Vara da Infância e Juventude. A promotoria vai encaminhar o caso para o Grupo de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público. “Juntamos os documentos necessários para analisar a questão e proteger a adolescente, que, aliás, já está protegida”, diz o promotor.