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Sexta-feira, 29 de março de 2024

Notícias | Cidades

combustível adulterado

Polícia Fazendária deve investigar rede de postos Free e distribuidoras

A Delegacia Fazendária irá intimar, nas próximas semanas, as distribuidoras que fornecem regularmente combustíveis à Rede Free. O inquérito policial foi instaurado após uma fiscalização nos postos da rede, que comprovou a prática de adulteração de combustíveis.



A operação, realizada no dia 10 de junho, resultou na prisão do empresário Marcos Rozeno. O empresário foi ouvido pela Delegacia Fazendária e, em seguida, pagou fiança de R$ 9,3 mil e foi liberado.

Em entrevista ao MidiaNews, o delegado fazendário Rogério Modeli afirmou que o processo estava parado em virtude da demanda de trabalhos na delegacia, mas que foi retomado e, após as oitivas com a distribuidoras, irá emitir o relatório final do inquérito.

O delegado explicou que os distribuidores serão interrogados para detectar se a adulteração era feita pela empresa fornecedora ou pelo próprio posto. "É importante salientar que as distribuidoras têm por obrigação garantir a qualidade do produto", afirmou.

Crime contra a ordem econômica

Modeli lembrou que o empresário Rozeno era alvo de várias denúncias e que, por meio de fiscalização, ficou comprovada que ele vendia combustível adulterado.

O delegado explicou que na Rede Free foi constatado, por meio de análise de amostras, que a gasolina possuía 27% de álcool, 2% a mais do que o estabelecido pela Agência Nacional do Petróleo (ANP).

Conforme a lei n° 8176/91, Rozeno responde por crime contra ordem econômica, pois revendia derivados do petróleo em desacordo com normas estabelecidas por lei.

Se comprovado o crime, o empresário poderá pegar de 1 a 5 anos de detenção.

Prisão

Marcos Rozeno já havia sido detido durante Operação "Madona", realizada pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial contra o Crime Organizado). Ele foi preso juntamente com outros empresários do ramo, sob acusação da prática de cartel, em abril do ano passado.

Sindicato: joio do trigo

Segundo o presidente do Sindipetróleo (Sindicato das Indústrias Sucroalcooleiras de Mato Grosso), Fernando Chaparro, o segmento é "totalmente favorável às ações de fiscalização e investigação colocadas em prática pelas autoridades".

"Apoiamos todas as ações que tenham por objetivo coibir a prática de irregularidades contra os consumidores. Infelizmente, os bons empresários, que são 99,9% do segmento, acabam pagando pelos maus, que prejudicam a imagem de todo o setor. Por isso, queremos que a polícia separe mesmo o joio do trigo e puna, com todo o rigor da lei, aqueles que lesam a população", afirmou.

Ele disse também que os próprios consumidores têm a possibilidade de ajudar a tirar de atividade os maus empresários que ainda restam. "Se o preço do combustível estiver muito barato, tem que desconfiar. O cidadão tem o direito de saber a procedência do combustível e até exigir teste de qualidade. Se desconfiar, tem que denunciar à polícia e às autoridades", afirmou.

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