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Terça-feira, 16 de abril de 2024

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Em busca da verdade

Comissão de Direitos Humanos da OAB questiona atuação da PM e acompanhará investigações em morte de suspeito

Foto: Rogério Florentino Pereira/Olhar Direto

Comissão de Direitos Humanos da OAB questiona atuação da PM e acompanhará investigações em morte de suspeito
Diante dos indícios de irregularidades na ação da Polícia Militar (PM), que terminou com a morte do suspeito por tráfico de armas André Luiz Oliveira, 27 anos, a Comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-MT) irá acompanhar a investigação do caso, garantindo a transparência na busca pela verdade. Conhecida por sua atuação jurídica, a presidente do setor, Betsey Polistchuk de Miranda, lamentou tanto a morte de André, quanto a do policial assassinado por ele, Elcio Ramos Leite, 29 e criticou a recorrência de situações deste tipo envolvendo a PM.


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“Lamento muitíssimo a morte de duas pessoas, que partiram deixando duas famílias destruídas. Mas a verdade tem que vir a baila, doa a quem doer”, disse a presidente ao Olhar Direto. No caso, registrado na Capital na terça-feira (2), policias que integraram ação foram acusados pelo pai de André, Carlos Oliveira de terem executado o rapaz, mesmo quando ele não representava mais perigo.

Em frente a sua casa, ele alegou que o filho foi tirado do local e jogado para uma residência vizinha, onde teria sido colocado de joelhos e levado um tiro na cabeça. Além disso, o corpo foi retirado do lugar por uma viatura do Batalhão de Operações Especiais (Bope), antes que a Perícia Oficial de Identificação Técnica (Politec) chegasse para a realização dos procedimentos periciais. A operação de buscas

Betsey também criticou a recorrência de acusações desta natureza contra o trabalho da PM. “A situação lembra várias outras deste tipo registradas no país e no Estado, como em Rondonópolis, quando os policiais negaram ter executado um homem e foram desmentidos por filmagens que mostravam que o suspeito havia se entregado antes de ser morto. É muita coincidência que estas ocorrências apresentarem o mesmo estilo de finalização, raramente mostrando o que de fato aconteceu.”

Ela questionou ainda o início da abordagem policial, que desencadeou a busca e a morte do suspeito. Na ocasião, dois profissionais a paisana investigavam informações sobre comercio ilegal de armas de fogo, praticado, supostamente, por André e seu irmão, Carlos Oliveira Júnior. A dupla de policiais, integrante to serviço de inteligência do 24º Batalhão do Pedra 90, levantava dados no bairro CPAIII, quando abordaram os possíveis criminosos em sua residência.  Para impedir a entrada dos militares, um dos irmãos efetuou um disparo contra Elcio, que faleceu em seguida.

“É natural que se houver alguém tentando entrar a força em uma residência, a pessoa vai reagir se tiver meios. É por isso que precisamos saber o porque de esses policiais estarem ali sem uniforme? Qual era contingência que exigia essa atuação? Além do mais, não é de competência da PM realizar investigações, e sim da Polícia Civil, que é preparada pra isso.”

De acordo com o comandante da PM, coronel Gley Alves, os militares atuavam de maneira regular, com o devido mandado e conhecimento da Corregedoria Geral da PM. “O policial militar estava junto com outras duas equipes nossas, trabalhando em produção de conhecimento sobre o comércio ilegal de arma de fogo em Cuiabá, usadas para crime de roubo e, possivelmente de homicídio. Infelizmente, no momento da ocorrência veio a ser covardemente morto em uma ação policial regular, amparada por uma ordem de serviço.”

Com relação às críticas feitas contra a atuação de órgãos ligados à defesa de Direitos Humanos, a presidente ressaltou que qualquer ação que fira uma pessoa, seja de ordem civil, dentro da advocacia, de qualquer ordem, incluindo a parte dentro dos presídios, é da competência dos Direitos Humanos, então engloba tudo, qualquer direito, não é só de um ou dois, é de todos. Os Direitos Humanos pertencem a todos e aqui é atendido todo mundo.
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