Usados pelas montadoras como bandeira para um futuro sustentável, os carros elétricos começam a chegar ao mercado nacional apostando em características que atraem mais pela proposta do que pelo preço. Além de não poluírem, os modelos reúnem alta tecnologia e materiais ecológicos, prometendo desempenho tão bom quanto os movidos a combustíveis comuns. É o caso dos lançamentos da alemã BMW, i3 e 8, apresentados pelo presidente da empresa no Brasil, Elder Boa Vida, na Canopus Cuiabá na tarde de quinta-feira (18).
Aliando o propósito ambiental aos já conhecidos já conhecidos arrojo e sofisticação da marca, os modelos de luxo foram escolhidos para abrir as portas do segmento no Estado, mesmo diante das dificuldades fiscais e dos preços pouco acessíveis. Considerando o cenário brasileiro, apenas 120 modelos, fabricados na Alemanha, estarão disponíveis no país até o final. Eles servem, segundo Elder, como referência inicial que acompanham as tendências mundiais de sustentabilidade.
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Moldado em fibra de carbono, o i3 comporta quatro pessoas, contando com o motorista, é caracterizado pela utilização de materiais sustentáveis de elevada qualidade. O design aerodinâmico do exterior apresenta portas com abertura no sentido oposto e as rodas de grandes dimensões conferem uma aparência dinâmica e ágil. O conceito sofisticado se repete também no interior do carro, que conta com peças confeccionadas em madeira de reflorestamento.
Pelo preço de R$ 169 mil, a economia gerada pode chegar a valores cinco vezes menores em comparação aos veículos que utilizam gasolina. O veículo pode contar com o carregador adicional Wall Box, que, depois de instalado instalado em casa ou na garagem, carrega a bateria em apenas três horas. Já o cabo de carregamento, que acompanha a compra, permite carregar 80% da bateria, localizada na parte trazeira, num período de tempo compreendido entre 6 e 8 horas.
Além disso, em outros Estados, já é possível recarregar em estações de carga distribuídas por pontos específicos, como supermercados. “Já temos 41 em grande concentração no Rio de Janeiro e São Paulo. Estamos a trabalhar para abrir mais 50 estações de cargas. A ideia é começar a desenvolver todo o eixo com estações e técnicos nas concessionárias, já que se trata de uma tecnologia completamente nova”, explicou Boavida.
A bateria de íons de lítio de alta tensão, o dinâmico motor elétrico e a gestão inteligente da energia proporcionam uma autonomia de 320 km. O sistema de aquecimento e arrefecimento da bateria também garante uma influência menor das oscilações de temperatura e no desempenho da energia em comparação à influência geralmente exercida nas baterias deste tipo. O automóvel dispõe ainda de um mecanismo que permite a geração própria de energia a cada freada.
Embora o valor seja pouco atrativo ao público geral, o lançamento está mais ligado à uma estratégia de inovação do grupo do que da geração de lucro. “Vou ser muito transparente. Nossa estratégia de mobilidade elétrica aqui no Brasil tem muito mais a ver com a visão do grupo para o futuro, do que com uma estratégia de venda para o país, que ainda é muito voltado para o petróleo e etanol. De fato as saídas elétricas ainda não são uma grande oportunidade. Mas nós acreditamos nisso”, disse Helder Boavida.
De acordo com o presidente, mesmo com um volume de vendas ainda incipiente, o princípio é importante porque se começa a criar infra-estrutura de carga, por exemplo. “Nós apostamos nisso e estamos a desenvolver pouco a pouco. Acreditamos que essa é a grande tendência principalmente para Brasil. Para nós o futuro vai ser assim, pode ser daqui a 10 ou 15 anos, mas vai ser um desafio que todas as mega cidades tem. O ponto elementar é entrar com parceiros estratégicos com pontos de recarga.”
Superesportivo com leveza e sustentabilidade
Em consonância com os conceitos do 13, um modelo o superesportivo 18 se destaca pela formato imponente e pelo preço igualmente ostensivo, de R$ 799 mil. O híbrido, que sincroniza motor elétrico e a combustão é o primeiro de sua categoria a apresentar consumo de combustível e emissões de CO 2 típicos de carros compactos. O desenho aerodinâmico, também concebido em fibra de carbono, deu origem a um carro leve e de alto desempenho.
Exemplo disso são as portas de abertura ascendente, que apresentam uma abertura em elevação, conferindo destaque visual ao veículo e combinando perfeitamente com as linhas suaves da carroceria. Feita com materiais como alumínio, fibra de carbono e o termoplástico as portas cerca de 50% mais leves que as convencionais, o que resulta numa abertura e fechamento mais práticos a partir do interior. Característica comprovada durante a apresentação, quando foram fechadas com apenas um dedo.
O interior, extremamente confortável, conta com materiais recicláveis sem comprometer a dinâmica e a aparência esportiva, combina a experiência da direção e a sustentabilidade. “Nossos veículos além de contarem com a novidade do motor elétrico também não são fabricados de maneira convencional. São feitos de fibra de carbono, tudo isso implica em termos de pós venda, por exemplo, por isso o investimento também no diferencial no atendimento técnico”, afirmou o presidente.
O painel digital com dois mostradores de grandes dimensões, que apresenta instrumentos que promovem uma utilização prática e bancos elegantes e leves também faz parte da concepção. Silencioso, o motor dispensa o ronco do motor, tradiconal nos modelos de combustão, e inova também neste aspecto. As novidades estão disponíveis para test driva na concessionária Canopus, na Avenida Fernando Correa.