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Quinta-feira, 28 de março de 2024

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Países convocam embaixadores após impeachment de Dilma

Venezuela, Bolívia e Equador anunciaram que irão convocar seus embaixadores no Brasil após o impeachment de Dilma Rousseff. O governo venezuelano também diz em nota que irá congelar suas relações políticas e diplomáticas com o país.


Um comunicado divulgado no site da presidência diz: “o governo da República Bolivariana da Venezuela, em resguardo da legalidade internacional e solidária com o povo do Brasil, decidiu retirar definitivamente seu embaixador da República Federativa do Brasil e congelar as relações políticas e diplomáticas com o governo surgido a partir deste golpe parlamentar”.

Já o presidente do Equador, Rafael Correa, anunciou a decisão em seu perfil no Twitter, onde escreveu: “Destituíram Dilma. Uma apologia ao abuso e à traição. Retiraremos nosso representante da embaixada. Jamais reconheceremos estes...”.

Evo Morales, presidente da Bolívia, havia anunciado pela manhã que recorreria à medida caso o impeachment fosse aprovado pelo Senado brasileiro. Após a confirmação, ele escreveu em seu perfil: “estamos convocando nosso embaixador no Brasil para assumir as medidas aconselháveis para este momento”.

O governo de Cuba não convocou seu embaixador, mas divulgou um comunicado criticando o impeachment. “O Governo Revolucionário da República de Cuba rejeita energicamente o golpe de estado parlamentar-judicial que se consumou contra a presidenta Dilma Rousseff”, diz a abertura do texto.

Brasil convoca embaixadores
Em resposta ao comunicado do governo venezuelano, o Ministério das Relações Exteriores disse que convocará seu embaixador em Caracas. "O Governo brasileiro repudia os termos do comunicado emitido pelo Governo venezuelano (...). Revela profundo desconhecimento da Constituição e das leis do Brasil e nega frontalmente os princípios e objetivos da integração latino-americana. À luz das circunstâncias, o Governo brasileiro decidiu chamar seu Embaixador em Caracas para consultas", diz a nota do Itamaraty.

Em outra nota, o Ministério "lamenta" os comunicados de Bolívia, Equador e Cuba. "Os Governos desses países reincidem em expressões equivocadas que ignoram os fundamentos de um Estado democrático de direito, como o que vige de maneira plena no Brasil. O Governo brasileiro conclama as autoridades desses países a manterem a serenidade e a respeitarem os princípios e valores que regem as relações entre as nações latino-americanas", afirma.

Segundo a agência de notícias Reuters, que cita uma fonte no Ministério, o Brasil também convocará seus embaixadores no Equador e na Bolívia. A decisão, segundo a fonte que não pode ser identificada, foi tomada pelo ministro das Relações Exteriores, José Serra, em reação à resposta desses países ao impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff.
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