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Quinta-feira, 28 de março de 2024

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Manifestantes se reúnem contra o governo Michel Temer no centro de Cuiabá

Foto: Olhar Direto

Manifestantes se reúnem contra o governo Michel Temer no centro de Cuiabá
Cerca de trezentas pessoas se reuniram no final da tarde da última sexta-feira (1), no centro de Cuiabá, para protestar contra o governo de Michel Temer (PMDB), que chegou ao poder após o impeachment de Dilma Rousseff (PT) na última quarta (31). Diversos coletivos se reuniram denunciando que a retirada da petista seria, na verdade, um golpe, e manifestando contra o pacote de medidas já anunciadas pelo peemedebista.


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O protesto começou às 18h na Praça Ipiranga, e os manifestantes saíram em caminhada em direção à Praça Alencastro, onde ficaram até por volta das 20h. No local, uma maioria de pessoas vestia camisetas vermelhas e trazia cartazes com os dizeres “Fora Temer”, além de faixas contra os cortes na educação. Cerca de dez policiais estavam no local, observando ‘de longe’ a manifestação.

Os radialistas Helena Gentile e Pedro Brites estavam no protesto e afirmaram, em entrevista ao Olhar Direto, que a pauta principal era a revolta contra o golpe. “Eu acredito que a nossa democracia está sofrendo um golpe. A gente colocou uma presidenta no poder, e a retiraram não por causa de um crime de responsabilidade, e sim por causa de uma artimanha política”, afirmou Helena.



“A pauta principal aqui é o golpe político, o golpe parlamentar. Apesar do PT ter seus problemas, não foi provado um crime de responsabilidade e a gente ta aqui lutando contra esse golpe parlamentar”, completou Pedro.

O professor de psicologia da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), Maelison Silva Neves, um dos filiados à Associação dos Docentes da UFMT (Adufmat), afirmou que o principal ponto do governo Temer a ser combatido pelos trabalhadores, jovens e demais minorias são os ataques aos direitos já conquistados. “O governo Temer está trazendo com muita intensidade todas as reformas neoliberais e o desmonte do estado. O que isso significa? Terceirização das relações de trabalho, acabar com a CLT flexibilizando as regras (...) e também a reforma da previdência, que conforme o governo anunciou, vai igualar o tempo de aposentadoria tanto pra mulheres quanto pra homens em 65 anos valendo já pra pessoas de 50 anos pra baixo”, afirmou.

O docente ainda lembrou as críticas feitas pela própria Adufmat ao governo Dilma: “O meu sindicato fez uma greve muito forte, muito longa de cinco meses, contra o ajuste fiscal, contra o sucateamento da universidade pública, que realmente foi implementado pelo governo da Dilma, do PT. Muitas das reformas que Temer está acelerando neste momento eram também reformas implementadas iniciadas pelo PT. A nossa crítica ao PT é que ele trouxe um projeto que se mostrou falido que é o de conciliação de classes. O PT tentou congregar dentro de uma mesma plataforma de governo, o que hoje são os golpistas e os setores progressistas, os trabalhadores. No momento em que esse setor mais conservador da elite econômica do país percebeu que o governo teria de escolher ou direitos trabalhistas ou reforma que beneficiasse os ricos, eles romperam com a política de conciliação do PT, então a nossa crítica era em relação ao projeto de conciliação no qual nós não acreditávamos”.

Para além de críticas pontuais e pedidos de novas eleições, no entanto, Maelison afirmou que o principal, agora, é lutar para que os direitos não se dissipem. “Não reconhecemos Temer como governo, lutamos por novas eleições, mas também nos posicionamos totalmente contrários às reformas que o governo está fazendo para privatizar o SUS, privatizar a educação, mexer nas leis trabalhistas e também nas reformas da previdência. E esse é o nosso principal objetivo da luta”, finalizou.

Michel Temer (PMDB) foi empossado como presidente da república na última quarta-feira (31), após Dilma Rousseff sofrer um impeachment. A retirada da ex-presidenta do cargo passou por votação no Senado, onde 61 senadores votaram a favor e 20 votaram contra. 
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