Caso ocorreu no domingo (25) em Uberlândia, no Triângulo Mineiro
Um crime bárbaro contra uma mulher chocou a população de Uberlândia. Um homem de 32 anos foi preso suspeito de ter espancado a companheira até a morte. Vizinhos que chamaram a polícia afirmaram ter encontrado o suspeito estuprando a mulher enquanto a socava no rosto. O crime foi praticado diante da filha do casal de um ano e meio. Em depoimento, ele disse que havia dado apenas “uns tapas” na vítima.
Patrícia da Silva tinha 29 anos e já havia informado familiares que vinha sofrendo agressões constantemente de seu companheiro, que não teve a identidade divulgada. Seu corpo foi encontrado com vários hematomas na cama do casal. A vítima também apresentava ferimentos na cabeça.
O suspeito foi preso no domingo (25), dia do crime, e encaminhado ao presídio Professor Jacy de Assis que fica na cidade. Segundo a polícia, ele já esteve preso por tráfico de drogas e estupro de vulnerável. Mesmo tendo sido agredida em outras situações, conforme depoimento de testemunhas que chegaram a ver Patrícia cheia de hematomas em várias situações, não havia nenhum registro policial de violência doméstica feito por ela.
A criança foi levada ao Conselho Tutelar de Uberlândia e deve ser entregue a uma tia da vítima que teria pedido sua guarda. A previsão é de que o inquérito seja finalizado em 10 dias.
“Mulheres que se dão ao respeito não são estupradas”
O feminicídio que tirou a vida de Patrícia foi registrado quatro dias após a divulgação de uma pesquisa na qual um terço dos entrevistados culpa a mulher pelo estupro. Além de ter sido espancada a vítima foi violentada sexualmente durante as agressões.
O levantamento mostrou ainda que a peça de roupa usada pela mulher é apontada como uma das principais causas de violência sexual.
A pesquisa foi feita pelo Datafolha, a pedido do Fórum Brasileiro de Segurança Pública em 217 municípios brasileiros com 3.625 pessoas com idade a partir de 16 anos.
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