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Sexta-feira, 29 de março de 2024

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​sem federalização

UFMT garante retomada da obra do Julio Muller com RDC e descarta “troca” pelo pronto-socorro

UFMT garante retomada da obra do Julio Muller com RDC e descarta “troca” pelo pronto-socorro
A Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) garante os trabalhos para a retomada das obras do Hospital Universitário Júlio Müller no momento em que membros da bancada federal de Mato Grosso passam a defender que a obra seja “deixada de lado” para que os recursos sejam destinados ao novo pronto-socorro de Cuiabá, que seria federalizado de acordo com a ideia. Segundo a UFMT, a construção do Júlio Müller está parada em razão do não cumprimento das obrigações contratuais por parte do consórcio vencedor da licitação, mas deve ser retomada em Regime Diferenciado de Contratação (RDC).


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A obra é realizada em parceria da União com o governo de Mato Grosso. O Estado realizou, em novembro de 2016, uma audiência pública com o apoio da UFMT, etapa obrigatória para se realizar nova licitação, agora por meio do RDC. A Secretaria de Estado das Cidades (Secid), responsável por licitá-la, está tomando as providências para a publicação do edital, o que descarta a proposta de federalizar o pronto-socorro. Até o momento foi executado 8,96% da construção, o que consumiu R$ 10.656.951,53.
 
A obra do novo Júlio Müller já está com todo o dinheiro em caixa. A UFMT obteve junto ao Ministério da Educação em 2011 um aporte de R$ 60 milhões em seu orçamento, divididos em três parcelas anuais. A última foi recebida em 2013 e todo o montante já foi transferido para a conta-convênio com o Estado de Mato Grosso. Os recursos restantes são de responsabilidade do governo estadual.

É por conta deste dinheiro “parado” que o senador Wellington Fagundes (PR) passou a defender a “federalização” do novo pronto-socorro de Cuiabá, cujas obras estão mais avançadas. A proposta inclusive já foi enviada pelo parlamentar ao Ministério da Saúde. No modelo defendido por Fagundes, o novo PS de Cuiabá passaria a ter uma gestão compartilhada com o Governo Federal e terminaria antes do previsto. 
 
O médico e suplente de deputado federal José Augusto Curvo (PSD), Tampinha, defende também a aplicação dos recursos do Júlio Müller para a conclusão e ampliação das obras do novo pronto-socorro de Cuiabá.
 
O governador Pedro Taques (PSDB), no entanto, já se manifestou contra a proposta no ano passado. “Quero expressar o meu respeito ao Senador Wellington Fagundes e logo dizer que sou contra a passagem do hospital Pronto-Socorro de Cuiabá para a União, que é uma tese que caiu de paraquedas. Agora que o filho está bonito, todo mundo quer ser o pai. Mas e o filho hospital Júlio Müller que só fizeram 11%, fizeram o hospital num banhado?”, provocou na ocasião.
 
O hospital  

O novo Júlio Müller é parte do projeto Unidade UFMT Saúde, cujo foca é a melhora na formação acadêmica, pesquisa e atendimento de média e alta complexidade na área da saúde. O complexo abrigará em um primeiro momento o curso de Medicina e depende da finalização do novo hospital universitário para prestar um atendimento gratuito e de referência na saúde para o estado de Mato Grosso, custeado integralmente pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
 
A UFMT Saúde funcionará na rodovia Palmiro Paes de Barros e terá três blocos didáticos de salas de aula e laboratórios para a Faculdade de Medicina. Com uma extensão superior a 140 hectares, há espaço tanto para a construção de novas edificações para os cursos já existentes como para a criação de novas graduações.

O projeto prevê que o Hospital Universitário Júlio Müller irá ocupará uma área total de 55.226,14 metros quadrados que terá 291 leitos de internação, sendo 63 na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), subdivididas em atendimento aos adultos e às crianças, neonatal e pediátrico, 68 leitos de repouso, 85 consultórios, 45 salas de exame, 53 salas administrativas e 21 salas para triagem e banco de sangue. A expectativa é que a obra seja concluída em abril de 2019 e que o valor a ser repassado pelo Estado, com as devidas correções chegará a R$ 90,5 milhões, totalizando um investimento de R$ 150,5 milhões.

O prédio terá duas salas de atendimento para equipe de assistentes sociais e duas salas para formação e desenvolvimento de recursos humanos e pesquisa. Além disso, haverá setores para coleta de amostras de patologia clínica, com coleta, triagem e processamento das amostras, exames e encaminhamentos, sala de métodos gráficos, para a realização de exames complementares, como eletrocardiograma, imagenologia, com capacidade para a realização de exames saindo de um simples raio-x a uma tomografia computadorizada ou ressonância magnética, por exemplo. Também fazem parte da estrutura o pronto atendimento adulto e pediátrico, a farmácia e o banco de leite.

O bloco de nutrição está subdividido em três setores: o de nutrição e dietética, responsável pelas refeições do Hospital Universitário, o lactário, que produzirá fórmulas lácteas para determinados setores, e o de nutrição enteral, que contará com prescrição médica e dietética, preparação e conservação e armazenamento dos alimentos, dentre outras atividades. 

Já o bloco de internação atenderá, além de setores específicos para adultos, crianças, adolescentes e o setor ginecológico. O Hospital Universitário também abrigará um espaço para receber pacientes em estado pré e pós-cirúrgicos.

“A nova unidade tem como foco o atendimento de alta complexidade. O apoio do governo estadual é fundamental, uma vez que o novo hospital vem suprir uma lacuna no atendimento da saúde pública de Mato Grosso. As expectativas são grandes para que o processo seja conduzido da melhor forma em todas as suas etapas”, afirmou o superintendente do HU, Francisco Souto, durante a audiência pública.
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