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Sexta-feira, 29 de março de 2024

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Proibição da venda de mando de campo pela CBF afeta diretamente a Arena Pantanal; entenda

Foto: Rogério Florentino Pereira/Olhar Direto

Proibição da venda de mando de campo pela CBF afeta diretamente a Arena Pantanal;  entenda
A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) anunciou, na última semana, que está proibida a venda de mando de campo no Campeonato Brasileiro de 2017. A decisão afeta diretamente a Arena Pantanal, em Cuiabá, que tinha como ‘sobrevida’ a realização de algumas partidas envolvendo grandes clubes no local. Com isto, é pouco provável que a praça esportiva receba grandes eventos, colaborando ainda mais para que a sombra do apelido de ‘Elefante Branco’ retorne.


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A Arena Pantanal é um dos estádios, junto com Manaus (AM) e Brasília (DF), que mais se beneficiam com a venda de mando de campo dos clubes. Empresários de todo o país compram a partida das equipes e transferem para praças em que a renda será maior. Por conta disto, o estádio mato-grossense já recebeu partidas de clubes como: São Paulo, Corinthians, Flamengo, Vasco, Atlético Mineiro (MG), Palmeiras, entre outros.
 
A prática já vinha sendo alvo da entidade há algum tempo. No ano passado, a CBF proibiu que os clubes vendessem seus jogos nas cinco rodadas finais do Campeonato Brasileiro. Um dos clubes que se mostrou contrário à situação, foi o Flamengo, um dos que mais se beneficiam da prática: “Claro que o Flamengo não votou a favor. O Flamengo é um clube nacional, tem torcida em todos os lugares, acho que essa decisão foi muito ruim, porque ela inclusive inviabiliza três ou quatro arenas que foram construídas para a Copa”, disse o presidente do Flamengo, Eduardo Bandeira de Mello.
 
O secretário adjunto de Esportes e Lazer, Leonardo Oliveira, explicou que “existe a Copa do Brasil, há a possibilidade ter jogos de times de fora. Estou tendo a procura de três a quatro empresários, que estão com interesse de trazer jogo para cá. O que precisamos é agir com a Arena Pantanal, resolver esta questão dos laudos e algumas outras situações. Preciso olhar o estádio para o esporte”, disse ao Olhar Direto.
 
Recentemente, a secretário de Estado de Educação, Esporte e Lazer, Marco Marrafon, anunciou o projeto “Arena da Educação”, que transformará a Arena Pantanal no primeiro estádio-escola de Mato Grosso, iniciativa que será realizada a partir da reutilização de parte da estrutura da praça esportiva.
 
O principal objetivo da Seduc é a busca pela excelência acadêmica e formação integral do jovem estudante. Tudo isso embalado pelos valores olímpicos. O secretário explica que o projeto é inspirado no Ginásio Experimental Olímpico do Rio de Janeiro, onde os alunos que têm aptidão para o esporte são direcionados e recebem incentivos e estrutura para que desenvolvam suas habilidades em diversas modalidades olímpicas.
 
Marrafon destacou que a Arena Pantanal possui todos os equipamentos necessários para fazer uma escola de tempo integral, vocacionada ao esporte. No local, há 75 salas disponíveis, que serão transformadas, gradativamente, em salas de aula. “A preparação para isso é muito rápida, porque serão necessários, praticamente, apenas equipamentos e mobiliário, pois a estrutura física já está pronta. Também precisaremos realizar a adequação de espaço para o refeitório”, explicou Marrafon.
 
A Arena Pantanal, um dos doze estádios construídos para a Copa do Mundo de 2014, teve apenas 3% de ocupação no último ano e ainda não está completa. O assessor especial do governo, Saulo Andrade, explica que: “A Arena é uma obra muito complexa, muito grande. Temos problemas de infiltrações, na estrutura metálica, pintura e no entorno. Esperamos o mais rápido possível resolver tudo”.
 
Recentemente, a assessoria de imprensa da Secretaria de Cidades (Secid) informou ao Olhar Direto que “não há previsão para que as obras da Arena Pantanal sejam retomadas, tendo em vista que o contrato com a empresa Mendes Junior encontra-se judicializado”. Além disto, foi informado que há uma “busca por negociações junto à empresa, bem como com o Consórcio VLT”.
 
“Em relação ao certificado LEED, a Secretaria de Cidades busca, junto ao BNDES prorrogar o prazo. O processo ainda está em fase de negociações, sem nada definido”, finaliza a assessoria. A certificação é para construções sustentáveis, concebida e concedida pela Organização não Governamental Americana U.S. Green Building Council (USGBC). Ela é utilizada em 143 países, e possui o intuito de incentivar a transformação dos projetos, obra e operação das edificações, sempre com foco na sustentabilidade de suas atuações.
 
Com o certificado, é aplicada a taxa de juros de longo prazo do BNDES (TJLP), que está em 7,5% ao ano, mais 1,9% ao ano. Porém, sem a certificação Leed, o Executivo teria de pagar o empréstimo com uma taxa de juros aplicada a Selic (Sistema Especial de Liquidação e de Custódia), que está em 14,25% ano e mais 1% ao ano. “Isso implicaria um custo extraordinariamente maior para o Estado”, explica o conselheiro substituto do TCE, João Batista.
 
Sem o certificado, os juros do financiamento de R$ 393 milhões vão passar de 7,5% ao ano, mais 1,9% ao ano para 14,25% ano e mais 1% ao ano. Ao todo, o estádio – que chegou a ser interditado - custou mais de R$ 600 milhões aos cofres públicos. 
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