“Nem um estudante faria o que o juiz Julier fez”. Essa é a opinião do diretor tesoureiro do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Ophir Cavalcante Júnior, que está em Cuiabá nesta quinta-feira (13) para uma reunião com o conselho estadual sobre a situação de Francisco Faiad, afastado do cargo de presidente OAB-MT por decisão do juiz federal Julier Sebastião.
Ele alega que o mandado de segurança interposto pelo advogado Fernando Henrique Ferreira Nogueira é tão pouco embasado, que nem um estudante de direito teria deferido, como Julier o fez.
“Foi uma atitude partidária e arbitrária, que agride toda a Ordem”, afirma Ophir. Ele diz encarar a situação com perplexidade. “Se não fosse trágico pela situação, seria cômico pela fundamentação”, pontua.
Ophir diz que a OAB já está tentando revogar a decisão de Julier no Tribunal Regional Federal (TRF), com recurso já ajuizado na manhã desta quinta-feira em Brasília. A Ordem também vai entrar com representação contra o magistrado no Conselho Nacional de Justiça (CNJ), o que pode gerar uma punição que vai desde uma simples advertência até a aposentadoria compulsória. Uma representação criminal também será enviada ao procurador geral da república, Roberto Gurgel, para que seja devidamente verificado se houve um ilícito penal na decisão do juiz.
“Mas, ninguém vai fazer com o juiz o que ele fez com o presidente da OAB-MT. Ninguém vai afastá-lo sem um processo legal”, afirmou Ophir.